Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

FLAMENGO! FALANDO DE AMOR.



Tum,tum, bate coração!



Falar de amor é algo que abre, para todos, um leque imenso. Tantas são as oportunidades que tem o ser humano de exercitar essa emoção maravilhosa, quantos são incontáveis os caminhos a ser seguidos em nome desse sentimento.


O amor primeiro, aquele que sentimos pelos nossos pais é absolutamente natural. Nasce do carinho, do cuidado, da segurança, do sorriso, do que vemos e gozamos a cada vez que somos percebidos, tocados, amados por criaturas colocadas pelo PAI para nos trazer a esse mundo.


O sentimento em relação aos nossos outros familiares também surge de forma espontânea, quase sem ser percebido, como se fosse extensão daquele que sentimos por nossos pais. Assim os irmão, os tios que estão sempre presentes, os avós, tão querido e especiais,  se tornam, também, depositários de nossa afeição. 


Nesse clima de amor ainda estão como naturais os nossos “anjos da guarda” que, trabalham em nossas casas, cuidam e se afeiçoam a nós como se fôssemos de sua família. Infelizmente esse tipo de relação está se acabando, mas fui testemunha nutri sentimentos familiares por pessoas que dedicaram não só os serviços, mas e também sentimento, afeto, a aqueles a quem tinham apenas o dever contratual de cuidar.


O nosso gostar, começa a correr o mundo a partir do colégio. Ali elegemos os amigos, os colegas e também aqueles aos quais preferimos esquecer. Tem ainda os professores, não sei agora, mas na minha época de garota quase sempre a primeira paixão de uma menina.

Pois é, seguindo a natureza e leveza da idade, como adolescente ama-se muito. Tem uma roupa que não pode ser tocada por ninguém; um caderno que parece guardar o coração de alguém, tão grande é o ciúme que ele provoca; o quarto torna-se um espaço intransponível: da porta em diante é território independente, somente daquela pessoa; os segredos são partilhados com indivíduos a quem amamos, pelo menos pensamos assim.



Vamos crescendo e o amor tomando ares e corpos diferentes. Rapidamente nos transformamos em ferrenhos defensores de nossas criações, de um território imaginário, apaixonados por pessoas que nunca vimos, mas que mexem com a intimidade de cada um e, não raro, um sorriso, um aceno, um olhar, na novela, no filme, na mini-série, no show, parece que foi direcionado exatamente a apaixonada, ao apaixonado. Coisas do coração.



O termômetro do amor vai ganhando ênfase, não é mais a criança, a adolescente, a inexperiente criatura que ama só por amar. Os adultos, bem resolvidos, são seletivos. Amam, com critérios. A amada, invariavelmente, deve ser bonita ou assim parecer ao amado. O sonho de mulher passa pela beleza, mas antes de tudo busca o amor, a resposta, no mínimo a impressão de que o amado sente algo por ela. Ambos, homem e mulher querem, precisam, completam-se, quando amados.


Há, entretanto amores “coletivos”. A paixão pela política que leva multidões a transformarem-se em “mansas ovelhinhas” comandadas por lobos em pele de cordeiro. Entretanto nem tudo está perdido nessa seara. Acredita-se que um dia alguém resgatará esse amor social, fazendo Política no sentido dado pelos gregos ao vocábulo: de centralidade na vida do Ser humano, pensar na Polis pensando em cidadãos, em espaço como  cidade para os cidadãos.


Amores se amontoam no dia a dia de adultos. Ama-se – acredita-se – os bens materiais. Em especial os carros, quanto mais caros mais amados. Nessa linha computam-se os imóveis, os títulos, as jóias. O PODER que ocorre de forma individual, coletiva e, às vezes, em grupo.




Paixão maior da humanidade. O poder traz consigo reboque três grandes “verdades”: a inteligência, sim porque ainda que “tolo e bronco” o rico transforma-se em Doutor, Excelência e outras mesmices; a beleza, uma vez que além dos milagres das cirurgias plásticas existem aqueles que o simples fato de ter conta bancária recheada torna-os irresistível; a virtude, até porque é muito fácil se atribuir defeitos morais aos fracos, mas quando está diante de um poderoso a humanidade tem por hábito a condescendência, a miopia, de forma que quanto maior a importância mais virtuosa a criatura.


Aqui não há a pretensão de se esgotar o AMOR. É que às vezes precisamos  em algumas ocasiões deixar fluir aquilo que toma o nosso corpo, a nossa mente e, claro, os nossos sentimentos. Desde a infância acompanhei e me tomei de amores por futebol. Fui apresentada ao esporte pelo meu PAI, amante e torcedor fervoroso do Botafogo da Paraíba, embora torcesse no Rio de Janeiro pelo Botafogo e em São Paulo pelo Santos – de Pelé, como assim ele o chamava.


Pois bem, numa época em que pouquíssimas mulheres iam ao campo meu pai me levava, assim como levava meu irmão que era torcedor do Auto esporte. Mas não havia problemas, cada um desenvolvia seu amor pelo time que escolhera. É bem verdade que quando o auto fazia um gol contra o Botinha – meu time aqui na Paraíba – meu irmão vibrava baixinho para não cutucar o outro torcedor: PAPAI.




Fui crescendo cultivando amores. Por meus pais, meus irmãos, minha família, namorado, preferências. Algumas mudaram com o tempo. Outras tiveram no tempo um fermento fantástico. Sempre sonhei em casar, ter filhos. Casei duas vezes, tenho dois filhos: FRED E LUZIA, nora, genro e netas. Realizei o meu sonho de mulher: procriei, amamentei e tomei conta- literalmente de meus filhos.


Bom, mas o FUTEBOL continuou e continua presente na minha vida. Transmiti a meus filhos esse amor. Não sei se por ser Paraibana ou por ter mania de ser feliz sou FLAMENGO desde que me entendo por gente.  Amo esse time, essa nação que curiosamente tem as cores de meu Estado, de minha Bandeira, da vida que corre em minhas veias.




Sou Flamenguista com muito orgulho, muito amor. Assisto aos jogos e disfarço o nervosismo fazendo palavras cruzadas, ou trabalhando – com um olho na tela do computador – outro na televisão. Não importa. Ganhar ou perder não tira uma nesga sequer desse afeto, dessa predileção. Ser Flamenguista é fazer parte de uma “galera” onde todos formam Um. É um estado de espírito. Uma ação diária, contínua, prazerosa.


É tão diferente ser FLAMENGO que temos um Moicano, lateral direito, com 36 anos, 460 jogos, 9 anos como titular, o nome dele: Leonardo da Silva Moura, nosso LÉO MOURA, nosso guerreiro incansável. E O PROFETA DOS NOVOS TEMPOS? O ELIAS, aquele que finalizou as esperanças do Atlético Paranaense fazendo o primeiro gol num jogo onde o empate em zero já dava a vitória, o título ao Flamengo. E Luiz Antônio que num belo lance cruzou na área onde Hernane, magistralmente dominou a "pelota", sem deixá-la cair acertou um voleio no canto! Não deu para ninguém: foi golaço no Maracanã! O GOL DO BROCADOR.

 

Sabem como é TRI CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL, LIBERTADORES: FLAMENGUISTA, MANIA DE FELICIDADE!

Essa história é apenas para saudar a Nação Rubro-negra, falar sobre um assunto que é adrenalina pura, mas que aos acalentados pelas múltiplas experiências de Campeonatos e Campeonatos sentem-se felizes, gloriosos, mas, sobretudo, prudentes pois outros torneios virão e o FLAMENGO precisa do grito, do amor, de sua NAÇÃO, portanto comemorem, com AMOR, cuidados típicos de quem ama e se ama.

PARABÉNS FLAMENGO! PARABÉNS NAÇÃO RUBRO-NEGRA! 

3 comentários:

Anônimo disse...

Lourdes a história de um time é feita de vitórias, derrotas, empates, conquistas, essas nada significaria no fosse a torcida que chora, grita, se descabela, roí unhas e no final enche o peito e grita a plenos pulmões. Com o Flamengo não é diferente, somos + de 400.000.000 de apaixonados com o coração batendo no mesmo ritmo em nossa primeira conquista no novo Maracanã.
Walter "Negão".

Anônimo disse...

O Flamengo foi campeão da Copa do Brasil porque tem a torcida que tem. Não fosse tão diferente, teria parado no Cruzeiro. Talvez perdido pro melhor time do Botafogo, ou mesmo pro aplicado e retranqueiro time do Atlético PR.

Não deixaram. Quando abraçam, quando “inflama”, quando deixa chegar… fodeu.

E fodeu.

Ricca

Leonardo Dantas disse...

É amor demais. Vou lhe contratar para escrever sobre o Vasco, para levantar a torcida cruzmaltina... Topas? Hehehehe