DIVAS
A Beleza, o Talento, a
Fascinação que acompanham e acompanharam as Divas desde sempre, fazem-nas
atemporais. Nesse particular, as que ora trazemos marcaram não só as suas
épocas, mas se fixaram na história da humanidade e perpassam as exigências de tempo e lugar. Primeiro, Ela,a deusa da
beleza.
Elisabeh Rosemond Taylor, nascida
a 27 de fevereiro de 1932 e que encantou o mundo como Liz Taylor, foi uma atriz consagrada pela mídia e pelo
público. Embora tenha nascido na Inglaterra tornou-se uma poderosa
norte-americana capaz de traduzir, com a simples menção do seu nome, sexo,
escândalo, corrupção, fama e, sobretudo, beleza, perfeição talento.
Liz viveu intensamente seus
erros e acertos. Conforme a Wikipédia – A Enciclopédia Livre, “foi reverenciada
como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a sua marca registrada
são os traços delicados de seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor
rara, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra.”
A diva tinha compulsão por joias, possuiu peças lindíssimas que agregaram ao seu valor de mercado o fato
de pertencerem a estrela. Tudo o que pudesse realçar sua beleza era do agrado da atriz. Cercou-se de jóias raras e caras, roupas das mais desejadas grifes,
sapatos e adereços caríssimos, perfumes, maquiagens as melhores existentes a serviço de seu encanto.
Tudo em Liz era superlativo.
Sua vida afetiva foi tumultuada por oito casamentos. Teve três filhos
biológicos: Michael Howard Taylor
Wilding, Christopher Edward Taylor Wilding, Eliza Frances Todd e uma filha
adotiva Maria Burton.
Viveu intensamente. Com ela
nada era superficial por suas paixões arrebatadoras movia montanhas. O grande
amor de sua vida Richard Burton, um belo homem com dupla nacionalidade, que
proporcionou a Liz paixão, arrebatamento e escândalos, em dois casamentos
intensamente vividos. Com uma saúde frágil foi submetida a diversos
procedimentos cirúrgicos, vindo a falecer em virtude de problemas cardíacos aos
setenta e nove anos.
Considerada por muitos a mais bela mulher do mundo, a atriz foi a primeira a
comandar campanhas filantrópicas especialmente voltadas para os pacientes com
AIDS. Foi, também, amiga, confidente e conselheira do rei do pop: Michael
Jackson.
LIZ MUITO MAIS QUE UMA ATRIZ TORNOU-SE SÍMBOLO DE UMA EPÓCA, ESTILO DE VIDA, PADRÃO DE BELEZA E GUERREIRA INCANSÁVEL NA BUSCA DO AMOR PERFEITO.
Francesa, dona de um rosto
encantador, cantava, dançava e sabia explorar, como poucas, um corpo
voluptuosamente recortado onde a natureza extrapolara no melhor estilo
sex-simbol, aliada a uma boa cultura característica de bem nascidos. Filha de um
alto industrial da burguesia francesa, foi orientada por sua mãe que a levou a
desenvolver o gosto pela dança e pela música. Brigitte foi aceita em 1947 no
conservatório de dança e música de Paris – Conservatoire National Supérieur de
Musique et Danse de Paris, além do que cursou as aulas de balé por três anos.
Aos quinze anos fazia trabalhos de moda. Aos dezesseis foi capa da Revista Elle francesa. Aos dezessete, em 1952, estreou no cinema. Dois anos depois casou, contrariando seus pais, com o cineasta Roger Vadin, que a projetou mundialmente, ao produzir o controvertido filme “E DEUS CRIOU A MULHER”. Atriz, jovem, linda, sensual, Bardot brilhava, ainda e também junto à intelectualidade francesa. A premiadíssima Simone de Beauvoir batizou-a como “uma locomotiva da história das mulheres”, sendo, ainda vista e descrita como a mulher mais livre do Pós-Guerra na França.
Brigitte tornou popular o uso
de camisetas pretas, vestidos vaporosos, leves onde os decotes se sobressaiam;
lançou, ainda, a moda de sutiã com armação que erguia o busto, sendo uma das
primeiras a usar o biquíni como roupa de praia, escandalizando e encantando,
também, ao vestir xadrez Vichy em seu casamento. Pós-moderna dispensou meias
finas, filmando sem aquelas, induziu muitas mulheres a dispensar a charmosa, porém
incômoda peça do vestiário feminino.
Aparentemente despudorada,
mostrar o corpo jamais constituiu problema para BB. Naturalmente loira,
inteligente, com estilo próprio, influenciou gerações com o seu o visual e, influenciando a maneira de pensar de milhões de mulheres que idolatravam sua figura libertária
de Deusa do cinema.
Além de Vadim, seu primeiro marido, amou Jean-Louis Trintignant que foi o pivô de seu divórcio e com quem filmou o antológico "E Deus Criou a Mulher". Terminado o romance, casou em 1959 com o ator Jacques Charrier, com quem filmou “Babette Vai a Guerra” e teve seu único filho: Nicolas-Jacques Charrier.
O casamento, entretanto não deu a "diva" a paz, a tranquilidade desejada. Sequer o nascimento de seu filho demoveu as pessoas do propósito de confundirem a vida pessoal e profissional de BB. Uma relação altamente conturbada, principalmente pelos paparazzi que a sufocavam esquecidos que a diva, era, também, um ser humano, uma mulher, esposa e mãe. A relação não sobreviveu a invasão, continuada, da privacidade do casal. Assim, divorciou-se do pai de seu único filho.
Casou a terceira vez com o multimilionário e playboy alemão Gunter Sachs,
quatro semanas após terem se conhecido e o pretendente ter despejado, de um
helicóptero de sua propriedade, uma chuva de pétalas de rosas vermelhas sobre a casa de Brigitte. Teve um
relacionamento com Bob Zaguri, um Produtor marroquino, radicado no Brasil e que
era Playboy internacional. Em razão de suas constantes vindas ao Brasil ganhou uma estátua em sua homenagem. Seu
quarto e último casamento aconteceu em 1992, com Bernard D’Ormale, Conselheiro Político
de Jean-Marie Le Pen, que presidira a Frente Nacional Francesa, principal
partido de Extrema-direita da França.
Idosa, sem o brilho e a beleza
da juventude, continua com o seu estilo individual e inconfundível –
eternamente elegante. BB permanece com um discurso atual, com um visual único.
Uma militante e obstinada na luta contra o uso de pele animal pela moda. Não se
abala em exibir suas rugas e sua idade quando se trata de defender animais em
situação de risco.
Brigitte Bardot era endeusada
por John Lennon e Paul McCartney. Uma DIVA COM CERTEZA, NA TELA E NA VIDA e com ela, para ela, nada a define melhor que a ideia que a acompanhou por toda a sua trajetória - a condição de ser mulher e de encantar a todos. Seu passaporte para o sucesso, o filme "E DEUS CRIOU A MULHER...merece registro a proibição de sua exibição em alguns países e a condenação da atriz pela Liga da Decência Católica. Além das cenas em que corria de bikini pela praia, altamente censuradas, destaca-se aquela onde, descalça, dança sobre uma mesa. A cena passou para a História da sétima arte como uma das mais eróticas de todos os tempos.
Uma Diva Sueca, nascida em
Malmô aos 29 de setembro de 1931, cujo nome de batismo Kerstin Anita Marianne
Ekberg, foi abreviado para ANITA EKBERG. Famosa após sua atuação no filme "La
Dolce Vita", obra prima do grande cineasta Frederico Felinni. Linda, loura
natural, atriz, miss Suécia de 1951, modelo, de beleza estonteante, dona de
atributos físicos poderosos, foi
reverenciada como “sex symbol” nos anos 60.
Iniciou sua trajetória de
sucessos substituindo Marilyn Monroe, numa turnê com Bob Hope. Sua beleza e
estilo de vida levaram-na rapidamente a ser uma figura bastante conhecida pelo
público masculino, tornando-se uma das maiores “pin up” dos anos 50 (Fonte;
Wikipedia – A Enciclopédia Livre).
Protagonizou uma das cenas mais
famosas do cinema mundial, ao banhar-se,
vestida com um vestido de noite negro na Fontana de Trevi, na pele de
uma atriz sueca de nome Sylvia. Sucesso de crítica Anita, finalmente,
fizera jus ao “não” dado ao milionário Howard Hughe que exigira dela –
ao ser contratada pela Universal Stúdio- que trocasse de nome, fizesse plástica
no nariz e nos dentes. Dona de forte personalidade a sueca respondera que se
fizesse sucesso seu nome seria lembrado, mesmo sendo de difícil pronuncia. Se
não fizesse o nome não importava.
Abalou os anos 70 com
declarações fortes, carregadas de acusações sobre inveja, ciúmes,
encontros e desencontros com os ídolos da época, censuras a atrizes como Brigitte Bardot, Sophia
Loren e outras. Afirmações um tanto narcisistas trouxeram-lhe a desconfiança de muitos,
assim ao dizer “...só encontrei uma explicação para tanta negligência: os
homens não me perdoavam o fato de seguido o meu próprio caminho e as mulheres
invejavam o meu sucesso, a minha personalidade, a minha estatura, os meus
cabelos louros, ou tinham ciúmes de mim porque seus companheiros ou maridos se
voltavam na rua para me olhar.”
Sua vida particular foi cheia
de agitação e declarações fortes. Casou duas vezes, a primeira com Antony
Steel, um ator britânico e, posteriormente com Rick Van Nutten que trabalhou
com a atriz no filme "007 Contra a Chantagem Atômica". Todavia a imprensa
registra como seu grande amor o industrial Gianni Agnelli, dono da FIAT. Aos 82
anos vive numa vila no sul de Roma.
CLAUDE JOSEPHINE ROSE CARDINALE
ou CLAUDIA CARDINALE, filha de
sicilianos, nascida em Túnis aos 15 de Abri de 1938. Como muitas atrizes,
chegou ao mundo do cinema após ganhar um concurso de Miss no ano de 1957. Desde
o princípio filmou com grande nomes da sétima arte na Itália, Franco Cristaldi
– em "Goha"; Luchino Visconti em "Rocco e seus Irmãos", Frederico Fellini em "8 ½ "e
Sérgio Leone na saga "Era uma vez no Oeste".
Estava fadada ao sucesso. Sua
beleza, seu tipo italiano de exuberante beleza, sua voz rouca e sensual, tudo
aliado ao seu talento, teriam levado-a de imediato à fama se não persistisse em
permanecer na Europa. Entretanto foi vencida e trabalhou em Hollyood em
produções com qualidade, algumas vistas como inesquecíveis.
A estrela escolhida por Visconti para interpretar a jovem sobrevivente do holocausto, que vive uma relação incestuosa com seu irmão em "Vagas Estrelas da Ursa Maior" deu-lhe projeção e status de Diva. Igualmente forte e marcante a viúva por ela vivida durante a segunda guerra mundial no brilhante “La Storia” de Luigi Comencini.
Politizada, dona de princípios
liberais foi uma mulher atenta e envolvida nas questões do gênero feminino, dos homossexuais. Escritora de uma
autobiografia a que denominou "Moi Claudia, Toi Claudia," Devotava um profundo respeito
e orgulho à sua herança árabe, sendo uma militante de causas humanitárias.
Uma beleza lendária a Cardinale foi uma das mulheres mais desejadas de
toda a década de 60. Jamais filmou nua e declarou que “não queria vender o
corpo”. Assediada por Alain Delon e Jean Paul Belmondo, consegui, com firmeza
resistir a ambos. Cheia de energia elegeu para ídolos Brigitte Bardot e Marlon
Brandon que em uma de suas viagens – a primeira aos Estados Unidos – foi ao seu
apartamento com flores e champanhe, recusou e depois disse para si mesma: “Sono
uma Stronza”.
Sobre o belo Delon afirmou: Alain Delon, Alain Delon. “Quando filmamos a cena do beijo em O Leopardo, Luchino Visconti me chamou no canto e disse que seria um plano próximo e que ele queria ver minha língua entrando na boca do Alain.” ** Rindo e em tom de ironia a estrela declarau, também: **“Sempre fui pela superioridade feminina. Luchino era gay assumido. Gostava de explorar minha força. (* ** Entrevista dada ao Jornalista Luiz Carlos Merten, do Jornal o Estado de São Paulo por ocasião da 36ª Mostra de Cinema em São Paulo.) Com um histórico irretocável de filmes grandiosos acresceu a sua biografia o fato de ter recusado o homem mais desejado da época e que encarnava a sedução em Hollyood.
CATHERINE FABIENNE DORLEÁC DENEUVE ou apenas CATHERINE DENEUVE, Parisiense, nascida no dia 22 de Outubro de 1943, fez sua primeira aparição no cinema aos 13 anos de idade. Atuou em vários filmes, durante sua adolescência, sob a direção de Roger Vadim . Ascendeu ao estrelato em 1964 quando estreou “Os Guarda chuvas do Amor”, sob a direção de Jacques Demy, com Nino Casteulnuovo, em cores. "Belle de Jour" de Luiz Buñuel e "Repulsa ao Sexo" de Roman Polanski não poderiam ter tido uma intérprete mais fidedigna.
Padrão de elegância e beleza, teceu sob sua imagem uma ideia mística e contraditória de símbolo sexual frio e inalcançável, até mesmo pelo fato de viver mulheres tão belas quanto frígidas. Em "Repulsa ao Sexo", Caherine Deneuve estrelou aquele que foi considerado o melhor filme de terror psicológico de todos os tempos, dando vida a Carol Ledoux, uma mulher desnorteada, psicologicamente transtornada, sexualmente oprimida que não conseguia estabelecer a diferença entre seus delírios e a realidade. Obcecada por limpeza, é, psicologicamente dependente da irmã, não se relaciona com as pessoas, especialmente com homens. O filme, do cineasta Roman Polanski, foi premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1965.
Dois anos depois, com a
personagem Séverine Serizy, jovem, bela, rica, casada e infeliz que passava as
suas tardes trabalhando como prostituta no bordel de Madame Anais, vive mais
uma mulher com problemas de ordem sexual. Frígida, é torturada por fantasias
masoquistas que levam-na a uma vida dupla de burguesa e meretriz. O pseudônimo “Belle
de Jour” é assumido no trabalho e aceito pela proprietária do prostíbulo. A princípio
e segundo o que era mostrado nas telas lhe foi atribuída à imagem dúbia de símbolo sexual e mulher fria.
Sua vida pessoal, registra o romance com Roger Vadim, seu “descobridor” e com quem teve um filho, de nome Christian Vadim; posteriormente casou com David Bailey, um londrino e famoso fotógrafo de moda - cuja vida inspirou Michelangelo Antonioni ao criar o personagem principal de sua obra prima Blow-Up. E uma história de amor com Marcelo Mastroianni. Com ele teve sua filha Chiara Mastroianni e, estava ao seu lado, no apartamento do ator no momento de sua morte, em companhia da filha de ambos.
Incrivelmente bela, simétrica,
pele, dentes, cabelos perfeitos, teve uma carreira cinematográfica muito rica.
Brilhou no mundo da moda como musa da alta costura e escolhida por Yves Saint
Laurent, tornou-se sinônimo da beleza francesa. Personagem símbolo emprestou o
seu rosto, a sua imagem, ao mais famoso e vendido perfume do mundo: O Chanel nº
5, por mais de vinte anos. Substituiu Brigitte Bardot dando nova face a Marianne,
que personifica, na França, a figura feminina da República.
Sua grandiosidade sobreviveu aos anos 90, onde conquistou seu segundo César, prêmio maior do cinema Francês e, em 1992 foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro da Academia de Hollyood. Em 2000 recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes. UMA ATRIZ, ESTRELA, DIVA, UMA BELA DA MANHÃ, DA TARDE E DA NOITE. UMA DAS MAIS BELAS MULHERES DA SÉTIMA ARTE.
As estrelas maiores desse céu chamado Hollyood tiveram alguns pontos comuns além de serem atrizes, belas e talentosas. Todas casaram mais de uma vez; duas foram mulher de Roger Vadim; todas possuíam forte personalidade encantaram, surpreenderam e inovaram conceitos.
Quem sabe, noutra oportunidade possamos ver as belas mulher do cinema atual ou os homens mais belos e que mexeram com a fantasia feminina...
3 comentários:
Lourdes,
As Divas sempre existirão apesar das redes sociais e da ausência de glamour nos cinema de hoje. A mídia estampa assassinatos, terrorismo, pedofilia, corrupção e politicagem de baixo nível e isso faz o sucesso ou não nas produções. O conceito de vida com romance, beleza e até um certo artificialismo, próprio da fantasia, anda adormecido. Linda a postagem. Mulheres com formas generosas, beldades talentosas, com personalidade. Uma terceira visão das Mais Belas Mulheres de Hollywood seria muito bom. Anselmo
Todas essas aí não passavam de umas "lindas" piranhas de luxo, em especial Elizabeth Taylor e Anita Ekberg.
Eu me arrependo amargamente de ter insultado essas lindas divas do cinema internacional e retiro tudo o que disse de mal sobre todas elas. Anita Ekberg é uma das atrizes suecas mais lindas e talentosas de todos os tempos junto com Greta Garbo e Janet Agren além dela ser uma das minhas modelos, misses e Pin Ups preferidas também.
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