Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

terça-feira, 24 de abril de 2012

EDUCAÇÃO – FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PARTE I I –


AS ORIGENS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL –

NOÇÕES –


Buscar as raízes históricas da Educação no Brasil nos leva a constatação de que essas são marcadas por mudanças perceptíveis e, claramente evidenciadas. Tomando por ponto de partida o acontecimento da presença de portugueses no que se supôs ser uma ilha, carregando consigo um arquétipo de educação européia,  invariavelmente colidindo com o aprender livre dos índios, até porquê aqueles não estavam acostumados aos rigores da civilização com suas repressões, castigos e regras.



A diversidade
Todavia, o conquistador trouxe, também, educadores no sentido pedagógico da palavra. Vieram a reboque, padres Jesuítas com a missão de introduzir a moral, a religião e os costumes do colonizador, inclusive,  quando os jesuítas aportaram  aqui não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia, trouxeram também, na bagagem, a metodologia, doutrina e princípios pedagógicos que difundiam, originalmente em suas instituições. 


O Marquês d e Pombal

 A absorção do povo brasileiro a técnica de ensino trazida pelos Portugueses foi de tal forma recepcionada que do ano de 1549 a 1759, portanto por longos 210 anos, permaneceu vigente e único. Nesse momento ocorre um segundo dissenso, esse capitaneado pelo Marquês de Pombal - Sebastião José de Carvalho e Mello, considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História de Portugal que bane os Jesuítas do solo brasileiro, por concluir que o ensino daqueles Padres servia a Fé e, ele, o Marques de Pombal, queria uma educação para servir ao Estado. Sua atitude ocasionou a total desestruturação da educação em território nacional,

Como formas de reorganização da educação no Brasil surgiram, no período Pombalino, aulas régias de Latim, Grego e Retórica que eram aulas separadas, cada uma com um professor sem que se estabelecesse qualquer interação entre essas; resultando infrutífera; posteriormente Portugal criou o chamado o subsídio literário, visando manter o ensino primário e médio, instituindo um imposto  sobre a aguardente, o vinho, o vinagre e a carne verde,  também sem qualquer efeito positivo, dês que era baixíssimo, não tinha continuidade, resultando na ausência dos pagamentos dos professores.




 Muito embora não tenha se estabelecido nova metodologia de ensino, a chegada da fugitiva Família Real ao Brasil, com a implantação do Reino em nossas terras, ocorre mais uma alteração na educação no solo brasileiro.  Assim, assoma realmente positiva para o Brasil, em termos de educação, o novo direcionamento haja vista que, de imediato, criou a Biblioteca Real, fundou Academias Militares, criou os Cursos de Medicina e de Direito, o Jardim Botânico, trazendo, ainda, para o território brasileiro a Imprensa Régia. Registre-se, por oportuno que tais providências foram tomadas por D. João VI que evadiu-se  de Portugal ante a ameaça de Napoleão Bonaparte. 



A Família Real
A vinda da família real para o Brasil é o marco inicial de  mudanças no cenário da educação. Porém os cursos superiores criados por Lei, tiveram resultado prático, com a criação, em 1808, das Cadeiras de Cirurgia e Anatomia que, em 1832, deram origem às Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro e, a instituição Faculdades através da Lei Nº 1.827, de 11 de Agosto de 1827 , que “Crêa dous Cursos de sciencias Juridicas e Sociaes, um na cidade de S.Paulo e outro na de Olinda.”


 
Faculdade de Medicina

Segundo nos informa Maia, G. D. (1996). Biografia de uma faculdade. História e estórias da Faculdade de Medicina da Praia Vermelha. São Paulo: Atheneu: “ o ensino oficial de medicina teve.início logo após a chegada de D. João VI ao Brasil, através da criação da Escola de Cirurgia da Bahia e da Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, em 1808 (Santos Filho, 1991). Ambas funcionaram no Hospital Real Militar das respectivas cidades. Em 1813 (4) a Escola do Rio de Janeiro transformou-se na Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro, tendo o mesmo acontecido, dois anos depois, com a Escola da Bahia.

No ano de 1829 é fundada a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Chamada, em 1830, a dar parecer sobre os planos de reorganização do ensino médico, tem seu anteprojeto aprovado com pequenas alterações pela Comissão de Saúde Pública da Câmara, e promulgado como lei em 1832. A partir deste momento, estavam criadas as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia.”

D. Pedro II

 Com a análise da trajetória brasileira, seja no Império com as presenças de  D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, verifica-se que a educação não obteve a qualidade pretendida sendo, criticada por aqueles que sonhavam com algo melhor para  pouco se pudesse ter um futuro melhor para os nacionais e para a nação.   O advento da  Proclamação da República em 1889, ensejou repetidas tentativas de melhoria, entretanto, segundo vários especialistas, não houve uma adoção de metodologia de desenvolvimento que proporcionasse um grande passo na educação brasileira.  

 Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é a de manter o "status quo" para aqueles que freqüentam os bancos escolares.


Podemos dizer que a Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável. Entretanto a educação como problema,  com mordazes críticas aos erros e acertos, no momento atual, mostra-nos  esse aspecto da nossa vida como fator de efetivo desenvolvimento, muito embora a busca por perfeição tenha sido alvo, constante, de comentários, por vezes coerentes e, d'outras  os mais contraditórios.



Assim deixo para nosso próximo encontro, alicerçado na   genialidade de  um Paulo Freire, para discutir a utopia na Educação brasileira, trazendo, todavia, a mensagem fantástica desse revolucionário do ensino e da aprendizagem: " "Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino"."A educação necessita tanto de formação técnica e científica como de sonhos e utopias".

Vamos em busca de utopias onde, sonhar é iluminar as trevas da ignorância, da mesmice e das tendências derrotistas. Sua participação é fundamental.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

HOMENAGEM AOS AMIGOS



BOM DIA AMIGOS,



Hoje, 18 de abril, escrevo a você meu amigo, a você minha amiga, velando o sono da melhor amiga que um ser humano pode ter. São 04:30 da manhã, o dia  amanhece e nesta cidade, onde o sol nasce primeiro, vejo o céu colorir-se com nuances meio avermelhadas, meio alaranjadas; vejo também uma escola e um ginásio, neles  o  silêncio completo contrasta com o rebuliço e o barulho dos atletas durante a tarde e o anoitecer de ontem. Pretendo concluir minha mensagem, não se poderei fazê-lo ainda nesse dia, ela é atípica e foge ao programado.

Estou no Hospital da UNIMED – João Pessoa,  no apartamento 561, onde se encontra, restabelecendo-se, um dos maiores tesouros que DEUS  me deu. Uma amiga inestimável. Você que me honra com sua atenção certamente, como eu, tem alguém que sempre esteve ou está ao seu lado, lutou sua luta, sorriu com suas vitórias, ficou triste com seus insucessos, alegrou-se na sua alegria, deu o primeiro passo no início de cada caminhada e quando não estava adiante, abrindo seus caminhos e de braços abertos para recebê-lo no final da jornada, era porque estava a seu lado, acompanhando-o. Essa pessoa de que falo não é só minha mãe é também a minha melhor amiga, companheira, confidente e por vezes a crítica que me recoloca na direção certa.

Pois é, há sempre alguém, em qualquer lugar que nós nos encontremos que é especial. Muitas vezes não diz o que queríamos ouvir; outras vezes não faz aquilo que desejávamos; noutros momentos critica as nossas escolhas e até mesmo nos enfrenta, sugerindo   que estamos em reta de colisão.

 Calma, basta um segundo de reflexão, aí, na maioria das ocasiões descobrimos: o que queríamos não servia para nós e concordar seria, no mínimo, desatenção de quem nos ama; fazer aquilo que desejávamos era injusto, pois preteriria outros com iguais direitos;  o enfrentamento aparentemente delineado, revela, com toda certeza, amor, cuidado, amizade. Nesses momentos não há como recuar, reconhecer é antes de tudo racionalidade. Obrigada amigo, amiga, por ter sido verdadeiramente fiel a nossa amizade e por não ter dito sim a algo cuja resposta teria que ser não.

Tenho amigos e amigas, poucos em relação aos anos vividos, aos locais freqüentados e a minha vida como cidadã e profissional. Mas, são especiais, maravilhosos. Uns são familiares e cujos laços de sangue, a cada dia são reforçados por sentimentos, respeito e atitudes; outros são criaturas dos quais tenho a dádiva de privar da amizade por várias circunstâncias e, cuja convivência permite que eu aprenda a cada dia com eles, que haja um aprimoramento em meu modo de ser, que sejam aparadas arestas e que aconteça um crescimento pessoal e espiritual. oada dia com eles, que haja um burilamento por nento ue DEUS  me deu.  

Alguns, são a primeira linha de minhas emoções, são meus amores, mas são também meus amigos. Que os demais não se sintam menos amados, apenas, esses são tão próximos, mas tão próximos que as vezes confundo e tenho a pretensão de pensar e sentir por eles e me causa  "surpresa" ver que nos amamos mas não somos um, essa sensação é assustadora, engraçada e enriquecedora.

Agradeço a DEUS a certeza de ter amigos amores (na ordem etária decrescente) como “Dª. Luzia, José Humberto, Paula, José Álvaro, Socorro, Fábio,  Nanda,  Gió,   Carol,  Zéa,  Gabi,  Kaline,    Fred,  Luzia,  Léo,  Alvinho, Lílian,  Luíza, Juliana, Dani, Bia Cecília, Carolzinha  ..... e os demais que conhecem o meu coração e sabem de minha afeição e amizade."

Sem amigos certamente ocorre uma deformação da personalidade, um retrocesso cultural, um descompasso entre o ser humano e a finalidade divina da criação, pois, como haveria o amor sem esse aspecto divinal da amizade?

Uma sobrinha/afilhada e amiga repete: "Ser feliz é uma obrigação diária."  Peço licença para completar: "Fazer feliz é meta de vida e certeza de felicidade".  






                                                  O amor das músicas:



 Canção da América
Milton Nascimento

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

 Nossa Amizade Fernanda Brum

Cada vez que eu olho para trás

vejo o cuidado de Deus
lembro com carinho o dia que eu conheci você

Hoje eu te respeito demais

vejo a falta que você faz
não demore tanto assim a me procurar
não mandei me conquistar

Nossa comunhão vai invadir as portas da eternidade

temos que escolher canções
pra contar pro Senhor
não espero perfeição

Não abro mão de você

não abro mão de tudo que Deus revelou
você merece espaço em meu coração
o meu carinho, a minha comunhão
nossa amizade o Senhor escreveu
nós somos prova do cuidado de Deus

Dia e noite eu vou orar por você

estamos em guerra, precisamos vencer
eu sinto força ao segurar sua mão
e nada mais vai impedir a nossa oração 


                                                           O amor da poesia:

Eu talvez não tenha muitos amigos.

Mas os que eu tenho são os melhores
que alguém poderia ter.

Além disso tenho sorte, porque os
amigos que tenho têm muitos
amigos e os dividem comigo.

Assim o meu número de amigos sempre
aumenta, já que eu sempre ganho
amigos dos meus amigos.

Foi assim aqui, uns eu ganhei há tempos,
outros são mais recentes.

E quem os deu não ficou sem eles,
pois a amizade pode sempre ser
dividida sem nunca diminuir
ou enfraquecer.

Pelo contrário, quanto mais dividida,
mais ela aumenta.

E há mais vantagens na amizade:
é uma das poucas coisas que não
custam nada e valem muito,
embora não sejam vendáveis.

Entretanto, é preciso que se cuide um
pouco das amizades. As mais recentes,
por exemplo, precisam de alguns cuidados.
Poucos, é verdade, mas indispensáveis.

É preciso mantê-los com um
certo calor,falar com eles mais
amiúde e no início, com muito jeito.

Com o tempo eles crescem, ficam
fortes e até suportam alguns trancos.

Os mais antigos, já sólidos, não exigem
muito, são como as mudas das plantas,
que depois de enraizadas, parecem
poder viver sem cuidados, porém não
podem jamais ser esquecidas.

Algo é preciso para mantê-las vivas.

Prezo muito minhas amizades e
reservo sempre um canto no
meu peito para elas.

E, sempre que surge a ocasião, também
não perco a oportunidade de dar um
amigo a um amigo, da mesma forma
que eu ganhei vocês.

E não adiantam as despedidas.
De um amigo ninguém se livra fácil.

A amizade além de contagiosa
é totalmente incurável. "

Vínicius de Morais

Amor,  amizade e   o toque de sensibilidade das imagens:  


Mãos que se erguem e acolhem

 

A Paz do Melhor Amigo

Mãos que se entrelaçam

Mãos que reúne


O calor que aproxima
A delicadeza que encanta





O conforto do apoio

O carinho


O beijo para todos

domingo, 15 de abril de 2012

EDUCAÇÃO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

EDUCAÇÃO , DESENVOLVIMENTO. 

PARTE I –



Impulsos Neurais
Falar sobre a educação é sempre um desafio, especialmente hoje quando se multiplicam as fontes, os autores, os conceitos, os vieses. Quando o acesso à educação torna-se fator de transcendência do homem porquanto permite a correta apreensão de seu Ser, de seu habitat, de suas origens e possibilidades, o aprimoramento de sua inteligência, conferindo valores a ética e a dialética, a liberdade e a sensibilidade.

Todo e qualquer olhar sobre a sociedade humana, se não o faz, deveria fazê-lo: definir a historia, os acontecimentos, a relação entre as ocorrências e as mudanças, como ponto de partida para análise e inserção do assunto referido, desse modo a primeira abordagem, sob qualquer interesse da sociedade, torna-se efetivamente coerente quando se dá dentro de evolução histórica.

Naturalmente, torna-se impossível, num texto sem maiores pretensões, fazer toda exposição cronológica dos fatos que escreveram o percurso histórico  da educação na civilização humana, tal cronologia já foi reiteradamente estabelecida e nos permite ser mais objetivos.
 
BREVE CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS  -

EDUCAÇÃO  PRIMITIVA –


 Enquanto fase Histórica, a educação primitiva, no alvorecer da humanidade, ocorria com base na observação, na repetição e no sucesso da resposta produzida ante a reiteração de determinada prática. 

Assim, sem uma base científica, a maioria dos autores, ao discorrer sobre essa fase incivilizada, colocam a educação quase como sinônimo de aprendizagem, acontecendo através da  observação, ora das tarefas, a caça, da pesca, ora dos costumes religiosos - mais precisamente rituais -, dos acontecimentos relativos a fenômenos naturais bem como, dos atos e preparativos concernentes à  guerra.

  
A encenação da caça
 Aprender e apreender era uma questão, por vezes de sobrevivência e, invariavelmente de observar atitudes mecânicas – o fazer; o encadeamento de práticas com resultados positivos tornava o homem consciente de uma realidade, pois passa a  entender o que se passa a sua volta e o que fazer para obter aquilo que deseja.

A educação se caracteriza nesse período, muito mais no aspecto corporal cujo fim é intuitivo, almejava-se o atendimento de necessidades específicas como alimentar-se, vestir-se e abrigar-se, tudo significando sobreviver e ordenando situações diárias, inclusive, com atividades de jogos, delineando-se, dessa forma, o que seria uma sugestão à educação física. 


Em busca do fogo
 Numa outra observação entende-se que a repetição tem fim pedagógico dês que desse comportamento amiudado resulta o aperfeiçoamento, o conhecimento que capacita o membro da comunidade tornando-o apto ao atendimento de suas carências e das de outros indivíduos. Conclui-se que há um esboço de Educação intelectual, pois ocorre progresso em sua atividade física ao tempo em que há o  aprimoramento de sua inteligência.


Registro de luta cotidiana
Igualmente, alguns aspectos são marcantes e transcendem a época. Assim, o iterar práticas de respeito aos velhos e aos pais, o culto aos antepassados, ao sentimento da honra, à fidelidade à palavra empenhada, à obediência às autoridades legítima, o hábitos de rituais e práticas religiosas, por mais rudimentares que fossem denotavam educação moral e religiosa ou, pelo menos uma silhueta do que se projetaria como tal. 

Da pré-história, dos povos primitivos  chegaram até nós registros de pesca, caça, dança, rituais, em inúmeras pinturas e desenhos, como se tivesse a função precípua de mostrar, ensinar. No início da Idade Antiga são destacadas as concepções e práticas educativas das culturas indiana, chinesa, egípcia e hebréia.


A EDUCAÇÃO E O POVO GREGO -

Muitos historiadores enfatizam a impossibilidade de se referir à educação sem realçar a civilização grega. É belo o registro feito sobre esse povo que desde os primórdios já considerava a Educação como algo complexo, difícil. Assim, especialmente no que concerne a arte de educar, os gregos, efetivamente, principiam o que se chamou de “História da Educação”, dentro de uma visão que se assemelha ao nossa definição atual.

Teoria Atômica Grega




De fato, ao volvermos a nossa atenção para a Educação na História Universal, sua evolução ao longo do túnel do tempo, vemos que a civilização grega contribuiu, largamente, para tornar  o mundo um cenário expressivo onde aprender é um processo ininterrupto de crescimento intelectual, físico e  moral , capaz de  proporcionar a integração do ser humano à sociedade.  

A Grécia, entre outros tesouros culturais, nos legou a primeira teoria atômica de que se tem registro.



Educação - do latim educatione educere "sacar, extraer" ou educare "formar, instruir" - Com os gregos é lançada pela primeira vez com a conotação de problema; também o é, a idéia de “educar” profissionalmente, que surge com os Sofistas. Ainda é naquele celeiro intelectual que a literatura, através da poesia, da tragédia e mesmo da comédia questiona o que até então se conceituava como Educação.


Aedo em apresentação
Puramente mítica, a Grécia em meados do século V e século VI justifica as atuações humanas pelo sobrenatural, pela sorte, pelo sublime, pelo divino. Desse modo, há uma difusão oral dos costumes, das ocorrências, da moral, por meio de “ rapsodos” - nome dado a artistas, trovadores andarilhos que, utilizando-se de odes já compostas,  cantavam  relatos épicos ou os declamavam, de memória, nos espaços públicos. 

Com destaque ainda mais pertinente os  “aedos” – que compunham suas próprias obras e as cantavam acompanhados da lira, instrumento musical de sons suaves e agradáveis aos ouvidos. 



Rapsódia
Heródoto –  pai da História, já relata a ocorrência de concurso para rapsodos. Essas figuras históricas ressoam até os nossos dias, com destaque para a passagem da narrativa oral para a escrita, da obra de Homero, supostamente, por um rapsodo de nome Pisistrato, que tornou possível, entre outras,  a ampliação da divulgação do relato da Guerra de Tróia na epopéia Ilíadas; bem como a Odisséia, que descreve o regresso de Ulisses e a Ítaca, narrativa posterior a guerra de Tróia. 

Em todas esses épicos  percebe-se a intenção de contar, repassar e transmitir conhecimentos, inclusive através de representações denominadas rapsódias.

Platão e Aristóteles
Ensinar algo que não tenha aplicação prática imediata, que não se constitua “ fazer e sim apreender”, tornou-se presente no século V a.C, inicialmente com os Sofistas e a partir desses com Sócrates, Platão, Isócrates e Aristóteles. Com esses filósofos vislumbra-se para a Educação um novo enfoque, com a conotação de tese filosófica.

A civilização ocidental reconhece alguns títulos imputados aos Gregos, assim, entre outros, são chamados de Pais da Filosofia, Criadores da Democracia e Berço da Pedagogia. Com muita propriedade, também no século V, desenvolveram os  princípios e ideários da Paidéia que foram fundamentados em práticas educativas ancestrais. 


 Conforme significado original do vocábulo “ paidéia” sintetizava o modo, a forma para criação de meninos, entretanto, sua significação expande-se e no século IV a.C., passa a adotar  uma configuração consolidada e categórica a partir do qual   foi convencionado, na Grécia Clássica, como modelo perfeito de ideal educacional.

Todavia, como bem explicita Werner Jaeger, estudioso da cultura grega "Não se pode utilizar a história da palavra paideia como fio condutor para estudar a origem da educação grega, porque esta palavra só aparece no século V" (Jaeger, 1995: 25).

IDADE MÉDIA –

Nesse imenso período medieval, os historiadores registram que a educação  desenvolvia-se em laços associativos, comungando os mesmos entendimentos “com a Igreja, a fé cristã e as instituições sacras que – enquanto acolhiam os oratores (os especialistas da palavra, os sapientes, os cultos, distintos dos bellatores e dos laboratores) – eram as únicas delegadas (com as corporações no plano profissional) a educar, a formar, a conformar”.





Originaram-se dentro da Igreja padrões educativos e suas metodologias.  Da Igreja partiram os modelos e os método de ensino, estabeleciam-se as instituições ad hoc e planejava-se as ingerência, analisando, criticando e, portanto, discutindo o exercício e os padrões, segundo a posição na escala social.

 Havia  um projeto educacional para o povo e um para as classe altas, até porque, na Idade Média o dualismo existente na era primitiva persistiu, como de fato persiste até os nossos dia.




O formato da escola, como  vivenciada em nossos dias, mantém os moldes estruturais da Idade Média. Assim a rotina presencial de um professor que instrui diversos alunos, de diferentes origens, estando o mestre hierarquicamente subordinado a um poder, ao qual presta constas de seu ofício; a aprendizagem relacionada leitura e a autores, ao debate, ao desempenho, a explanação, à argumentação; as avaliações com seus prêmios e castigos, sugere a continuidade, aos séculos nos quais vêm daquela época e da coordenação dos estudos nos monastérios, nas catedrais e,  de forma especial nas universidades. 


 Remontam a Idade Média certos conhecimentos acolhidos e repetidos na escola moderna e, também, na escola atual: como a visão da filosofia, como lógica e metafísica; a atribuição e contribuição dada ao e pelo latim; a instrução gramatical e a oratória.

Também na Idade Média a cartografia revela-se de suma importância , especificamente no que diz respeito a instrumentalizar as navegações. Surgida em 2.500 a.C, ganha notável impulso nos últimos seculos da Idade Medieval, lembrado que este período foi do século V ao XV.

A Idade Média é reconhecida como um período de efervescência cultural, especialmente quando se adentra no chamado Renascimento de Países como a Holanda, a Alemanha, Espanha, Inglaterra e/ou cidades como Veneza, Gênova, Florença, Siena, Lisboa, Coimbra, Paris, Flandres, Pisa vivenciaram uma verdadeira febre cultural e, também educacional com o surgimento e aprimoramento do ensino voltado para perfeição do espírito, para o fomento da nobreza, da ética e dos bons propósitos norteadores de um novo homem


 OUTROS REGISTROS -


Merece referência, ainda, a educação Romana. O texto - base da educação romana, conforme Cícero, resumiu-se, por um longo período nas Doze tábuas, cuja origem remonta a  451 a.C.,fixadas no bronze e publicadas no fórum, para que a exposição daquelas permitisse a todos vê-las para que todos pudessem vê-las. 

Naquelas ressaltava-se a importância da  tradição com ênfase ao respeito a regras e normas;  a cultura materializada  na assimilação social dos valores do povo romano; ainda ao espírito dos pais, assim considerado como senhores detentores da justiça familiar o chamado “pátria potestas”. Havia, uma rudimentar forma de “Código Civil”, marcantemente conservador preservando meios de subordinação social características de uma coletividade agrícola retrógrada.



Num império decadente onde o conquistador perdeu sua identidade cultural, ante a absorção da cultura dos conquistados mas  que lega ao mundo preciosos ensinamentos do Direito Romano, fundamento e base de muitos institutos de Direito que até hoje compõem o nosso arcabouço jurídico.

 É nessa fonte que vamos buscar conhecimentos  que fundamentam  as normas do direito civil brasileiro, bem como português, dentre outros que também teem o Direito Romano como norte a ser seguido .

 
Sendo uma tarefa a exigir uma explanação muito ampla, quando a educação no Brasil, de um modo geral ainda repete em muitos espaços senão a metodologia mas o modelo do colonizador, se tem nisto mais uma razão a reforçar de pronto o mergulho específico em  nosso caminhar, não somente no sentido de escolaridade mas de meio de redenção, esperança de desenvolvimento. 

A nossa matéria na segunda parte, enfoca a educação como esperança de fuga a condições sociais econômicas desfavoráveis bem como formar cidadãos. Inclusive, com vista a tentar a compreensão de alguns fatos, algumas colocações e conclusões, recentes sobre o desejo da execelência no ensino como utópico e fonte de atraso ao que efetivamente se poderia obter.
Mas esse é outro momento. 
Conto com vocês

domingo, 8 de abril de 2012

A PÁSCOA


 PÁSCOA -

O VOCÁBULO -

"Páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – tem o sentido de "passagem", uma trajetória iniciada pelo equinócio da primavera ou ponto vernal, que no hemisfério norte ou boreal - ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro. Sendo, por tais motivos, antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo,  anunciadora do término do inverno e do advento da primavera.

Entretanto, para apreensão do significado e discernimento do que representa a Páscoa cristã, se faz indispensável um mergulho na Idade Média rememorando ancestrais pagãos europeus que cultuavam e prestavam homenagem, nesta época do ano, a Ostera, ou Esther – em inglês, Easter, quem vem a ser Páscoa.


Ostera é a Deusa da Primavera da mitologia Nórdica, cuja representação é feita a partir de uma divindade feminina  que tem em sua mão um ovo e  um coelho - símbolo da fertilidade - saltitando festivamente em volta dos seus pés desnudos. Com uma rica significação, até mesmo pela sugestão de renovação de vida, a deusa e o ovo que traz consigo, são alegorias do início de uma nova vida. Presente noutros universos mitológicos, Ostera, na mitologia grega é Persephone, enquanto que na romana, é Ceres.

A festividade de Ostera celebra a fecundidade, sendo um clássico e antigo festejo pagão em comemoração ao acontecimento da chegada de uma outra estação, para os antigos, marcava o Equinócio da Primavera. Desse modo Ostera simboliza e representa a renovação da terra. Em sua festa a fertilidade é cultuada através de cerimônias típicas e símbolos. 

Revigorada pelo inverno a fertilidade se apresenta em perfeito equilíbrio, logo após a estação das chuvas. Nessa ocasião os dias e as noites têm igual duração. A luz noturna divide-se em números de horas iguais a luz diurna. Diz o mito que a deusa Ostera é o reflexo da perfeição da natureza, a restauração do espírito e da mente.

 Sua face transforma-se a cada toque da brisa. Deusa que é das flores, dos frutos, dos animais recém-nascidos, da Primavera, onde a fertilidade se prenuncia, regozija -se ante a presença de novos seres, deixando sua zona de conforto entre as árvores e permitindo ante a visão da vida renovada que sua essência também seja revigorada. Como muitos deuses da mitologia nórdica, Ostera também foi Cristanizada.

A DEUSA NÓRDICA – 

Diz o mito que a deusa Ostera amava as crianças e onde fosse era seguida por elas que também a amavam, em razão de sua beleza, de seu canto suave e belo, de sua magia que as encantava.  Assim, num belo dia estando num jardim com pequeninos à  sua volta, a divindade teve sua atenção desviada pelo vôo de um lindo pássaro que após breve vôo pousou em suas mãos. Com magia transformou-se no animalzinho predileto da deide que era uma lebre, as crianças ficaram felicíssimas e maravilhadas.

Mas a medida que o tempo passava, as crianças repararam que a lebre não se mostrava feliz com sua transformação, pois não podia cantar e também não podia voar. Ante a tristeza do animalzinho os pequenos  pediram a deusa que desfizesse a mágica. Condoída Ostera utilizou todo os seus conhecimentos sobre magia e, mesmo assim, não conseguiu reverter o encanto. Era fato consumado e nada podia ser feito. Em seu íntimo a deusa resolveu aguardar a chegada do inverno, que diminuiria seu poder, na esperança de que com o advento da Primavera, renovada em sua força, pudesse, pelo menos por alguns instantes, devolver a forma de pássaro à lebre e assim proporcionar-lhe alguma alegria.  


Com a chegada da Primavera, refeita em seus poderes e magia, a deusa conseguiu transformar a lebre em pássaro por algum tempo. Profundamente grata a pequena ave pôs ovos  em homenagem a  Ostera. Em tributo a Ostera e as crianças, a lebre pintou os ovos e os distribuiu por todo o mundo. A deusa como forma de lembrar a atitude impensada do pássaro, de intervir na natureza, esculpiu a silhueta de uma lebre na lua  que pode ser vista até os dias de hoje.


Há, ainda, o mito de que a denominação Páscoa foi dada pelo deus saxão da fertilidade – Eostre -  que participa das festividades na forma de um coelho, razão pela qual tomou-se o símbolo do coelho de páscoa  na tradição cristã, simbolizando, também, a fertilidade e a fortuna.


O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

Uma festa com sentido religioso, seja no culto de mitos, seja no fazer memória de passagens e ritos religiosos. Ainda que aos olhos de muitos, a tradição pagã de homenagear a chegada da Primavera seja entendida como tal, para os povos daquela época as festividades tinham uma conotação mista de sacro e profana.  Isto porquê  era dedicada a deusa, tinha a participação de um deus e, por assim dizer, celebrava o milagre da eterna renovação da vida.


 Para o povo judeu, Páscoa é sinônimo de libertação, passagem, festa de fé. A história da Páscoa Hebraica encontra-se inserida no Velho Testamento, no Livro do Êxodo – 12.1-28 - que o coloca, aproximadamente, no ano de 1250 a.C, sendo essa a mais importante celebração do seu  calendário. A festividade marca a libertação do povo judeu do jugo Egípcio, ocasião em que Moisés, liderando os seus, liberta-os de Ramsés – o faraó -  e os guia através do Mar vermelho e do deserto do Sinai. 

A peregrinação pelo deserto, por quarenta anos; a aliança celebrada no Monte Sinai com sua materialização nas Tábuas dos Dez Mandamentos, dados a Moisés por Deus, opera a transformação dos fatos em fé, dês que de histórico – escravidão pelo conquistador, fuga e liberdade – passa a Páscoa a renovar o significado da crença do povo Hebreu no DEUS de amor e misericórdia que os livrou da casa de escravidão.


Ainda, a passagem pelo Mar Vermelho, cujas águas se afastaram para permitir a fuga dos ex-escravos, perseguidos por um povo liderado por um faraó colérico, tornou-se um referencial na história dos judeus, sendo rememorada todos os anos. Nesse período o povo judeu faz o pão ázimo – sem fermento e chamado “matzá”, produzindo-o da mesma forma e pressa que não permitiu a fermentação naquele momento de fuga para a liberdade, para a vida.

Finalmente, num terceiro aspecto, os Hebreus, anualmente, na Primavera, quando na lua cheia, ocorria a celebração da Páscoa sacrificando um cordeiro, puro, sem mácula, que juntamente com o pão ázimo fazia memória da ordem transmitida a Moisés e referida no Livro do Êxodo 12.21.26-27, também com registro no Deuteronômio 12.42. Além do sacrifício do cordeiro e do consumo do matzá, os judeus ficavam em vigília,  como recordação da fuga do Egito, ocorrendo desse modo a continuação e passagem da tradição às novas gerações. 

Mais uma vez, os Hebreus foram submetidos a estrangeiros. A comemoração da Páscoa passou a ter não só a motivação do passado mas e também uma conotação futurista, como expressão da crença na liberdade, esperança essa que os livraria de toda opressão, de forma única e derradeira, com a vitória  sobre a escravidão e o início de um mundo novo, cumprindo-se, dessa forma, a promessa há muito feita ao povo hebreu, que se via como o povo escolhido por DEUS.     

A PÁSCOA CRISTÃ –
Traz um sentido novo de aceitação, de crença na boa nova traduzida nas palavras de Jesus Cristo. A Páscoa cristã revela e confirma o Verbo Encarnado, o Deus Homem, o ministério terreno do Deus Criador que se consuma através do Cordeiro e de sua missão salvadora.

Nesse contexto referido temos a notícia do acontecimento maior da civilização cristã. Um menino veio ao mundo, nascido de uma virgem, Deus, único e verdadeiro, que experimentou todas as facetas da humanidade, menos o pecado. Sua passagem entre nós nos lega, além da extraordinária missão, os textos do Evangelho, testemunhos vivos de um caminhar que mudaria a face da terra, ditando uma inversão, segundo a qual a Lei fora feita para o homem e não o homem para a Lei.

A humanidade contamina-se com a boa nova, o Cristo nos mostra uma época que chega a seu final e a instalação de um novo tempo, moldando uma nova consciência libertadora. O homem se faz novo, tal qual argila moldado no Espírito, livre do pecado. O cordeiro foi imolado, seu sangue redimiu a todos. O Calvário é um símbolo de uma nova aliança firmada com sangue. O Cristo sinaliza a necessidade da morte do homem velho - a morte para o mundo e o nascimento para Deus.  É ELE O CORDEIRO PASCAL.


 “A última ceia teria sido na quinta-feira, véspera da Páscoa (14 Nisan), tendo Jesus sido preso pela polícia do templo, liderada por Judas. Foi levado ao antigo sumo sacerdote Anás para interrogação e dali enviado para o sumo sacerdote Caifás, em cuja casa passou a noite.
 "Na sexta-feira de manhã (14 Nisan) o sinédrio se reuniu e decidiu entregar Jesus ao governador romano, acusado de sedição. Pilatos ouviu o caso e propôs ao povo a anistia a um prisioneiro. O povo preferindo Barrabás, Jesus foi condenado à cruz.(...) Jesus teria sido crucificado ao meio- dia da véspera da Páscoa (14 Nisan), tendo morrido às três horas da tarde, em presença apenas de algumas mulheres da Galileia. 

Com a autorização de Pilatos, José de Arimateia ou José e Nicodemos sepultaram o corpo de Jesus em uma tumba antes do pôr do sol, no dia 7 de abril de 30 d.C.”.
(2009, p.89) Comentários ao texto “A Morte Do Jesus Histórico”, de John Dominic Crossan por Pedro Paulo A. Funari, professor titular do Departamento de História do IFCH/ Unicamp e coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE/Unicamp).


A ressurreição do Cristo, a vitória sobre a morte, o triunfo sobre o pecado, experiência singular que modifica sobremaneira a humanidade. Dois milênios nos separam daquela semana em que Cristo foi imolado, todavia, até hoje é o ressuscitado que chama, atrai e converte as almas para DEUS.  A história viva do sangue derramado por todos nós nos incute responsabilidade de nos tornarmos multiplicadores e testemunhas de sua missão gloriosa, sem a qual possivelmente a humanidade teria afundado no egoísmo, na solidão, na imensa tristeza de não ter consigo a certeza da existência de DEUS.

A Páscoa cristã chega até nós, preservada a partir dos discípulos,  das primeiras comunidades e, por figuras ímpares do Cristianismo como Paulo, os evangelistas, Mateus, Marcos,  Lucas e João que relatam desde o nascimento, o início da missão de Jesus, o maravilhoso Sermão das Montanha, os milagres, as curas, o ministério de Jesus, as Parábolas, a dádiva da oração ensinada por Jesus e que se traduz num inquestionável código de ética, a Paixão e Ressurreição de Jesus através da qual as trevas que caíam sobre a humanidade foram afastadas e deram lugar a Luz de DEUS.



A Paixão de Cristo, ato de amor aos homens, além do profundo teor religioso guarda uma inegável ética. O filho unigênito imolado no altar do Amor. A renúncia a condição Divina, o não ao que seria o afastamento do cálice, a dor da mãe na entrega do Filho, a certeza de uma vida nova, a ressurreição, tudo isso é PÁSCOA, tudo isso é vida plena, tudo isso é dádiva de DEUS PARA OS HOMENS.




SÍMBOLOS DA PÁSCOA: 



A deusa revigorada




 
Coelhos




Ovos pintados




 


O sangue que salva

  
A Santa Ceia

O Cordeiro Pascal


A Ressurreição

O Peixe
A Páscoa Judaíca
A Páscoa e a criança

A TODOS UMA FELIZ PÁSCOA CHEIA DE REFLEXÕES, RESPONSABILIDADES E AMOR.