Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

VOCÊ SABE QUEM É YOANI SÁNCHEZ?

 SATANIZADA POR CASTRO!


Impossível não iniciar esta postagem chamando a atenção para a Revista Veja desta semana que divulga a reunião, ocorrida na Embaixada de Cuba, na Capital Federal,  com militantes de esquerda, pessoas filiados ao PT e PCdoB, bem como membros do governo e da CUT, para tramar um plano de  satanização da blogueira Yoani Sanchez. Conforme a revista, "Ricardo Poppi Martins, coordenador-geral e Novas Mídias da Secretaria-Geral da Presidência, subordinado ao ministro Gilberto Carvalho, teria também participado do encontro."


Em pronunciamento indignado o Presidente Nacional do PPS, Deputado Federal Roberto Freire foi implacável  com a plausibilidade do fato, expressando:  "O Gilberto Carvalho tem tantas explicações para dar, inclusive para a própria Justiça, que essa é só mais uma. Infelizmente, falta de compromisso democrático é proverbial nesse governo”, reforçou o parlamentar. Sob esse clima, de desqualificação é que recebemos nossa ilustre visitante.
 
YOANI SANCHÉZ, uma das vozes mais críticas de Cuba e a quem, repetidas vezes, foi negada a permissão para sair da ilha, pouco importando a justificativa de sua pretensão. Trata-se de uma jovem senhora, casada, mãe de um filho, com residência fixa, num apartamento simples no bairro "Centro Havana", na Capital Cubana e que utiliza, por vias oblíquas, a rede mundial de computadores. Não para o seu deleite pessoal e sim como canal de oposição ao regime ditatorial e defesa da democracia.


Vista pelo regime como uma mercenária a serviço dos Estados Unidos e, da mesma forma por autoridades subservientes a Fidel e seus comandados, a blogueira encanta os que defendem a liberdade, por seu espírito combativo, ético e incansável, constituindo-se uma referência para aqueles que, mesmo debilmente, na surdina, difundem seus protestos, plantam semente de liberdade.


Tendo se lançado timidamente através de um blog denominado “http://desdecuba.com./generaciony, fala sobre  momentos considerados do dia a dia, mas que relatam as dificuldades dos habitantes da ilha, capitaneada pelos irmãos Castro e que exercem seu domínio como se aquela fosse uma extensão de suas personalidades.


Com uma linguagem coloquial, a blogueira, fiel em  seus relatos e, principalmente, por ser o seu blog uma janela através da qual o mundo pode vislumbrar o comando férreo do Partido Comunista, único partido político no País, bem como  a ausência de cidadania do povo cubano, tornou-se, ela, Yoani, “persona non grata” ao regime Castrita, aos seus seguidores, e a aqueles que se recusam a enxergar a realidade política: não há mais lugar na atualidade para se dividir a política em dois grupos fechados, não é tão simples assim. 


Yoani incomoda pelas informações transmitidas aos seguidores do blog e a interessados a exemplo da denúncia que sobreviver em Cuba é algo extenuante aos cubanos; ou mesmo o quanto é arriscada a locomoção em Cuba, seja na cidade em que mora ou pelo País; ou ainda em relação à crueldade e desgaste para uma simples marcação de uma consulta médica; e, também a pressão e a construção negativa de sua imagem por contrapor-se ao regime. Situações do cotidiano, aparentemente simples, mas que escancaram a condição de sujeição e penúria que exite na ilha. 


Sua atuação como blogueira começou nos idos de 2007, mais especificamente em abril. Iniciado de modo tímido, com forte carga emocional, ante a uma situação inusitada de opor-se a uma administração marcada por restrições, perseguições e por carências materiais de toda ordem. Isso num País fechado, recluso e cuja “nata social” ainda se traveste de salvadores da Pátria, apesar de negar, sistematicamente, toda forma de liberdade.


Através do blog Yoani transformou-se numa pessoa conhecida internacionalmente, sendo considerada por internautas, jornalistas, escritores e outros, uma das blogueiras mais conhecidas da Web e quiçá do planeta. Conforme Sandro Vaia - jornalista, ex-diretor de Redação do Jornal O Estado de São Paulo, que retratou a história de resistência da jovem em seu livro  “A Ilha Roubada - Yoani, a Blogueira Que Abalou Cuba ", os seus “post” merecem especial atenção, o que pode ser medido pela ocorrência regular e aproximada de cerca de 2.000 (dois mil) comentários para cada postagem.


Registra a mídia, especificamente através de jornais e da Net que, algumas postagens de Yoani receberam mais de 6.000 (seis mil) comentários. A luta diuturna dessa cubana, sujeita a Fidel e Raúl Castro, parece ter aberto os olhos do Ocidente sob a incoerência da negação de tantos direito e da tamanha falta de condições essenciais.


Enganam-se os que acreditam que ser blogueira em Cuba e criticar as autoridades locais é algo simples, de fácil execução e sem consequências pessoais. É do conhecimento dos que tem interesse na Política Internacional, que em Cuba, assim como toda a imprensa, a internet é controlada pelo Governo. Sendo considerada uma  pessoa “nociva” aos interesses dos irmãos Castro, Yoani não tem acesso a rede de computadores e em decorrência disso não pode estabelecer qualquer comunicação com o seu blog. Mas, tem sobre si uma maciça campanha de desqualificação e a constante produção de dossiês e imagens montadas para o convencimento dos mais simples.


Sua dedicação torna-se ainda mai admirável ante as peripécias utilizadas para alimentar o seu blog. Os seus textos são digitalizados em computadores que não possuem conexão com a internet. Uma vez terminado é o texto salvo em disquete, esse é processado através de lan house e enviado, como arquivo anexo, a internautas de países os mais variados possíveis. Os amigos que recebem os arquivos fazem sua tradução, re-enviam o post a um servidor, naturalmente fora de Cuba e, daí para o mundo em diversos idiomas.


A vinda de Yoani Sanchéz ao Brasil visa prestigiar o lançamento do documentário “Conexão Cuba-Honduras”, feito pelo cineasta brasileiro Cláudio Galvão da Silva, em Jequié/BA, do qual é personagem principal e que enfoca a liberdade de imprensa em Cuba e Honduras.


Sem o visto para deixar seu país, entregou à Presidente Dilma, em Havana, uma carta onde solicitou a sua intervenção para a sonhada autorização. Sua viagem ao nosso país, concedida sob os olhos e pressão da imprensa, dos países e dos povos livres, infeliz e vergonhosamente sofreu um deprimente boicote divulgado na imprensa brasileira e comprovado, a olhos vistos, por atitudes orquestradas, comportamentos repetidos e lições de cabresto, aprendidas por quem jamais deveria repeti-las.


Vaiada em Jequié, impedida de ver o documentário produzido pelo cineasta baiano,  quando questionada sobre o fato disse aos jornalistas: “respeito a manifestação, isso é democracia”. Será? Terá sido fruto da democracia, vaiar e boicotar quem luta contra um governo ditatorial? Mudou o sentido das palavras ditadura e democracia? Ou, ainda permanecem, o primeiro como: “governo que cerceia e suprime as liberdades individuais” e o segundo “baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, tendo como essência a liberdade...? Ressoa indigesta qualquer tentativa de confundir tais conceitos.

Em visita ao Congresso Nacional,  Yoani pode experimentar, mais uma vez, o peso das cartas marcadas. Pequenos blocos de manifestantes sociais (?) tumultuavam a visita no lado de fora, entretanto, a cubana, mais uma vez não se intimidou e declarou: “Isso não me assusta. São meus colegas.”


Uma vez no Congresso, foi recebida por parlamentares, e assessores e repórteres,  sendo encaminhada ao plenário da Câmara dos Deputados – onde desencadeou-se uma discussão com o protesto de alguns que não aceitavam a presença da blogueira -, conduzida  a sala da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional foi aplaudida por pelo menos a metade dos presentes, assistiu ao documentário, falou sobre a criação de seu blog, criticou a falta de liberdade em Cuba, a satanização pública que lhe é atribuída, expressando, ainda, o seguinte: “Levo do Brasil a recordação da pluralidade.”


Apesar dos Generalíssimos, surgidos após cada revolução, o mundo muda a passos largos. Num momento diferente para os cidadãos cubanos, a blogueira, misto de insurgente e voz que clama no deserto, representa a esperança de um povo sofrido e sob o jugo do medo.


“Mutatis mutandis” as civilizações se aprimoram, todavia algumas questões permanecem e parecem desafiar a constante evolução, em rota de colisão com atrasos e truculências. Conhecer, saber da existência e da persistência de pessoas como YOANI SANCHÉZ, a blogueira premiada por fazer a defesa dos Direitos Humanos e a estudante paquistanesa MALAIA YOUSUFZA - ferida a bala por talibãs em virtude de defender o direito à educação para as mulheres - faz acontecer, faz a diferença!


Parabéns Yoani, inclusive, por entender e se irmanar com aqueles que vaiam você, consciente de que foram manipulados como se fossem marionetes, escondidos com a cauda de fora,  sob o manto da democracia.


sábado, 9 de fevereiro de 2013

ALIENAÇÃO PARENTAL


VOCÊ SABE O QUE É?




Algumas situações do nosso cotidiano passam despercebidas à grande maioria das pessoas, especialmente aos que vivem suas vidas como se não fizessem parte de um todo, como se o que aflige a sociedade, a comunidade, as famílias, jamais possam atingir suas individualidades, o seu mundo "particular.  Sequer  observam a dor do outro, das trincheiras em que se encontram imaginam impedir que as mazelas sociais, os horrores, os fantasmas das tragédias,  cheguem as suas  sacrossantas famílias.


Todos nós temos o mesmo desejo. Que tudo corra bem. Que as pessoas possam viver  e ter acesso a boa  alimentação, ter direito a saúde e a assistência previdenciária satisfatória, a educação, a segurança, ao lazer, enfim, qualidade de vida. A Constituição brasileira, desde o seu nascedouro acenou para a realização plena do cidadão. É uma aspiração coletiva, ver cumpridos os deveres do Estado Brasileiro, tão bem delineados na Constituição cidadã,  hoje, transformada em verdadeira "colcha de retalhos".


No tocante a família, a Carta Magna em seu artigo 226 preleciona: "A família  base da sociedade, tem especial proteção do Estado." O parágrafo 5º, desse artigo institui: "Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos  igualmente pelo homem e pela mulher". Ou seja: a instituição familiar continua sendo a célula base da sociedade e, o seu comando, acha-se modificado não mais existindo a figura de  cabeça do casal e sim, a igualdade do casal. Os operadores do Direito sabem que dispositivos Constitucionais não contem "gordura", cada palavra, cada divisão e subdivisão são essenciais para a Nação. Seu entendimento se dá pelo encadeamento de suas disposições, até porque há, ou deveria haver um "efeito  agregador entre as prescrições ".


Ainda quanto à criança e ao adolescente a Constituição institui os princípios básicos quando, através de seu artigo 227 determina: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao laser, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. " (Emenda 65, de 2010).


Mesmo numa visão simplista se compreende a importância que o Estado Brasileiro atribui às crianças, aos adolescentes e aos jovens. Há, numa rápida análise, um poder dever do Estado de preservá-los contra tudo e contra todos. Todavia, e embora o Estado de Direito seja, por assim dizer, o autor e fiscalizador das normas, esse, sabiamente, coloca a família em primeiro lugar no que diz respeito às obrigações relativas a essas faixas etárias.


Não há nenhuma surpresa. A criança ao vir ao mundo tem o seu primeiro contato com sua mãe, normalmente com seu pai e demais membros de sua família. É ela, a família, que recebe em seu seio uma jóia bruta, um ser sem quaisquer informações. Burilar, educar, formar pessoas  felizes, ajustadas, cidadãos saudáveis é, sem dúvida nenhuma, missão primeira de toda e qualquer família.


Entretanto e contraditoriamente, no seio familiar é onde, essas criaturas podem sofrer as maiores agressões, as mais terríveis humilhações e a negação de direitos essenciais a seu desenvolvimento físico,  psíquico e espiritual. Não pretendo abordar aqui assuntos como estupros, espancamentos, aliciamento para prostituição e para o crime, mas e sim algo não menos terrível, cujas marcas, na maioria dos casos, estendem-se por toda a vida daqueles que sofrem os efeitos da ALIENAÇÃO PARENTAL.


No recôndito dos lares crianças e adolescentes são sacrificados sigilosamente nos altares da Alienação Parental, erguidos pela tirania dos guardiães sejam pais, parentes, ou outros, que dominam e manipulam os seus filhos, seus parentes e os submetidos a guarda, com o propósito de voltá-los contra o outro. É bem mais comum do que se possa imaginar a situação em que pais forçam os seus filhos a bloquearem os sentimentos, esquecerem suas emoções, recusarem prazer, alegria, satisfação e toda e qualquer aproximação com o outro progenitor, rompendo laços afetivos, gerando intensa rejeição, pavor a aquele que supostamente estaria ensejando a situação apontada pelo alienante.



O enquadramento legal de tal acontecimento acha-se disciplinado pela Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010, que trás e, seu artigo 2º, § único e incisos I, II e III o seguinte:

“Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
II - dificultar o exercício da autoridade parental;
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.“


Ora, diuturnamente tomamos contato com pessoas que vivenciando conflito em seu matrimônio, repetem aos seus filhos, netos, familiares ou que estejam sob sua guarda, de maneira  deliberada e insidiosa, frases como: "o seu pai não presta, é um inútil" ;  "sua mãe é uma retardada, não serve de exemplo para ninguém; " quem manda em você sou eu, sua mãe não apita nada, é um zero"; "sua mãe não gosta de você pois deixou seu pai"; "seu pai não gosta de você, trocou seu amor pelo amor de uma mulher"; "você deveria ter vergonha dele(a)"; "ele não é mais seu pai"; "ela não é mais sua mãe"; "se eu tivesse coragem dava um tiro nele(a)"; "me prometa que jamais você me trocará por ele(a)"; "eu sempre estive a seu lado, ele na rua"; "não vou deixar você atender o telefone"; "você não tem pai (mãe) nem avós "; "seu(a) pai(mãe) é um irresponsável não merece o seu amor", "sua família não presta, melhor seria não ter parentes"...

Há, ainda, os que insatisfeitos com o resultado de uma separação nada amistosa, fecham a questão e não permitem o acesso do ex ou da ex, aos filhos ou aos parentes daquele que não obtiveram a guarda. Esquecidos de que não existem no mundo jurídico, ético ou moral, as figuras do ex-pai ou da ex-mãe. Tão enlouquecidos em suas frustrações esses pais, familiares e/ou guardiães, determinam-se a criar novas categorias parentais: a do ex-filho e/ou ex-filha, ex-neto, ex-neta... A ininterrupta devastação sob  a figura do outro oportuniza  ao filho, ao parente e ao sob guarda, acreditar na caracterização "desqualificada" do outro, criada pelo alienante,  fazendo com que a criança não queira a   presença do familiar alienado. 

Nessa seara muito pode ser irremediavelmente perdido. Ninguém que exercita a ALIENAÇÃO PARENTAL que é contínua, cruel e destruidora, parece lembrar que seu maior dever  como pai, mãe, familiar e/ou guardião, é amar, cuidar para que a criança, o adolescente se desenvolva sem traumas, sem dores, de modo a atingir as suas potencialidades. 



As questões jurídicas, não menos importantes, são passíveis de serem resolvidas nos Tribunais e por mais longo que possa tornar-se, o processo chegará a um termo final. Entretanto, as consequências psicológicas, da Alienação Parental, permanentes ou não,  dá as vítimas características que levam o nome de Síndrome da Alienação Parental e que pode se revelar de diversas formas. 


Assim, cada vez mais os operadores de Direito como Juízes, Promotores e  Advogados da área de família, bem como os profissionais de Psicologia,  Psiquiatria e do Serviço Social, têm coletado casos de crianças e jovens que são ou foram vítimas de Alienação Parental  e que apresentam: " depressão crônica, incapacidade de adaptação a ambientes psico-sociais normais, transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla personalidade, até suicídio em casos extremos. Os estudos demonstram que, quando adultas, as vítimas de alienação têm inclinação para o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de drogas e apresentam outros sintomas de profundo mal-estar." (Fonte:cursos.lex.com.br/doutrina_23916734 ALIENAÇÃO PARENTAL UMA VIOLÊNCIA COMPLEXA).


Dentro de uma lógica natural a privação do convívio com o afastamento forjado a custas de lágrimas e frustrações, não poderia passar em brancas nuvens. A Lei da causa e efeito, nessa questão, revela-se por demais nociva à vitima.   Certamente ser murmurado, insistido, incutido à exaustão que o pai ou a mãe, o avô ou  a avó, a família, não presta, não ama a criança, não é digna de amor, trocou-a por essa ou aquela pessoa, implantar informações negativas, denegrir imagens de pessoas queridas produz danos sociais, comportamentais e psíquicos, além de também concorrer para o esfacelamento da família.


Assim, para serem verdadeiros e compromissados com o futuro de seus filhos, os pais precisam esquecer suas necessidades e carências afetivas, frustrações, raiva e todo sentimento negativo em desfavor do outro para que, uma vez restabelecido  o seu equilíbrio,  possa,   realmente, ver    os fatos   no     mínimo sob  a  ótica  da  importância    da família,  das  figuras paterna  e  materna,   para  o  desenvolvimento   da   criança,  mesmo  se, eventualmente,  se  apresentar  de  forma  diferente  da  tradicional, pois, quem realmente conta  é  a criança  que,  normalmente, repete a maneira de ser de seus pais. 

Constantemente se comprova que os molestadores de crianças foram molestados quando crianças ou jovens.



Parar de alimentar o ódio, de lamber as próprias feridas, de ter pena de si mesmo, é respeitar os filhos, estabelecer limites e fazer exercício diário de amor.

Portanto,  lembrem-se:

"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade."

Karl Mannheim . Tirado do Blog e Ivanise Meyer

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A FESTA DO PRAZER


PASSEIO  PELO  CARNAVAIS –



A Grécia, além das Leis Escritas e da Filosofia, teve influência marcante na  Linguagem, na Política, no Sistema Educacional, na ciência, na Tecnologia, na Arte e na Arquitetura e, legou à civilização Ocidental, o Carnaval.


Segundo registros históricos o Carnaval surgiu por volta de 600 a 520 a.C., quando, festivamente, os Gregos comemoravam a fertilidade da terra e os resultados da colheita. Na ocasião, que ocorria no verão, homens e mulheres usavam máscaras, enfeitavam-se pintando os seus corpos.


Há, também, historiadores que situam o surgimento do Carnaval a partir de celebrações a divindades como à DEUSA ÍSIS, cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos e oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade (Wikipédia – a enciclopédia livre), E O TOURO APIS, que para o povo Egípcio representava a força essencial da natureza e sua energia geradora.  



Apesar de iniciados como comemoração a acontecimentos astronômicos e a ciclos naturais, o carnaval, festa pública, evoluiu com a inclusão, pelos gregos e romanos, de bebidas e práticas sexuais, fazendo com que a Igreja reprovasse as festividades, declarando-as pecaminosas.



Todavia e não obstante a característica de mundana,  em 590 d.C a festa passou a  fazer parte do calendário festivo da Igreja, tornando-se permitida e realizada sob a vigilância de religiosos,  com o canto de hinos, cultos, que resultou em inversão e total modificação em sua essência. Desandou, ficou sem graça, sem a alegria original e desvirtuada de suas origens.   


Finalmente, no ano de 1545, quando se realizava o Concílio de Trento, o carnaval retornou a categoria de folguedo popular. Os carnavais mais falados da Europa aconteciam e acontecem em Paris, Veneza, Munique, Roma, Nápoles, Florença e Nice. Mais recentemente, no século XIX, os blocos carnavalescos se formaram, adotando o uso de carros enfeitados e pessoas  usando fantasias conforme sua imaginação ou dentro de um roteiro prévio, muito semelhante ao que é utilizado atualmente. 


O Carnaval no Brasil chegou sob a ascendência Européia, com a realização de desfiles, o uso de fantasias e de máscaras.  A folia foi maciçamente assumida pelos brasileiros, colocando o Carnaval como uma das mais intensas  festividades do país. Com o seu jeito de ser o brasileiro produziu alegria, boa música como as marchinhas, o frevo, o maracatu, o samba; esbanjou animação; exportou, para todo o mundo, o seu Carnaval feito de muito ritmo, belas mulheres, homens bonitos, pouca roupa, profusão de fantasias, álcool, sexo e, lamentavelmente, acresceu a tudo a tristeza das drogas. 
  

Atualmente, chama a atenção do mundo o Carnaval do Rio de Janeiro que, inclusive, está no Guinness Boock, com desfiles fantásticos promovidos pelas escolas de samba que encantam a todos com seus carros alegóricos, a beleza de seus destaques, o conjunto, além dos blocos e clubes tradicionais; em outras épocas a festa carioca era abrilhantada por bailes a fantasia, com desfiles e premiação nas diversas categorias, em clubes e hotéis luxuosos. Sempre uma vitrine para o mundo.


Destaca-se, também, no cenário Nacional, o Carnaval de Salvador, com características diferentes do Carioca e que arrasta, também, milhões de foliões com seus trios elétricos e cantores famosos a exemplo de Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Asa de Águia, blocos como Olodum, Timbalada, Nana Banana, e Ilê Aiyê; o afoxé Filhos de Gandhy e muitas outras manifestações da cultura baiana.


Também se sobressai o Carnaval de Pernambuco, com ênfase a Capital Recife e ao carnaval tradição de Olinda; no Carnaval de rua há muito frevo, desfiles de clubes, maracatu e aquele que segundo o Guinness Boock é o maior bloco carnavalesco do mundo: O Galo da Madrugada;  além dos famosos bonecos do Homem da meia noite e da Mulher do meio dia;  a troça Pitombeira dos Quatros Canto; o Clube Elefante de Olinda; o  Clube Lenhadores; o Clube Vassourinhas, Clube Marim dos Caeté. O pernambucano, conforme a tradição nasce “frevando”, tem o frevo no sangue e na alma.


Por último, menos famoso, menos concorrido e igualmente animado temos o Carnaval de João Pessoa. Aqui se faz uma festa diferente. O período pré-carnavalesco, iniciado na Quinta-feira,  31 de Janeiro que trouxe a capital Paraibana o incansável Alceu Valença,  além de  Renata Arruda, Diana Miranda e Gracinha Teles e Orquestra PB Pop onde os mais conhecidos  tem a seguinte programação:

Principais blocos:


Sexta-feira (1º/02)
Bloco Picolé de Manga
Atração: Daniela Mercury
Local: antigo Posto Tropicana




Quarta-feira (6/02)
Bloco Muriçocas do Miramar
Atração: Elba Ramalho
Local: Praça das Muriçocas



Domingo (3/02)
Bloco Virgens de Tambaú
Atração: Gaby Amarantos
Local: Posto 99 (Avenida Epitácio Pessoa)

Sábado (2/2)



Sexta-feira Dia (08/02)
Bloco Cafuçu
Atrações: 15 orquestras de frevo e Luís Caldas.
Local: Centro Histórico.

OUTROS:

Bloco: Imprensados
Horário: 14h
Local da concentração: Praça Rio Branco (Centro)

Bloco: Agitada Gang
Horário: 16h30
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa, em frente à academia Corpo Livre.

Bloco: Bloco das Piabas
Horário: 20h30
Local da concentração: Rua Osório Paes (Baixo Tambaú)

Bloco: Virgens de Mangabeira
Horário: 19h
Local da concentração: Colégio Luis Ramalho (Mangabeira por dentro)

Bloco: Dxmantelados do Cristo
Horário: 20h
Local da concentração: Colégio José Lins do Rego

Bloco: Amoringa dos Bancários
Horário: 18h
Local da concentração: Rua Rosa Lima dos Santos - Bancários

Bloco: Eternamente Flamengo
Horário: 18h
Local da concentração: Caixa d’água do bairro Funcionários II

Bloco: Tambiá Folia
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Tancredo Neves (Tambiá)

Bloco: Peruas do Valentina
Horário:17h
Local da concentração: Canteiros Bar (Valentina)

Bloco: Boi Vermelho
Horário: 18h
Local da concentração: Rua Alberto de Brito (Jaguaribe)

Bloco: Banho de Cheiro
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa (em frente ao Pão de Açúcar)

Bloco: Bloco dos Atletas
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa (em frente à Academia Corpo Livre)

Bloco: Flatorre
Horário: 17h
Local da concentração: Avenida Carneiro da Cunha (Torre)



Dias 10, 11 e 12/02 (domingo, segunda e terça)
Polos Carnavalescos
Atrações: Cada um dos seis polos terá duas bandas locais e dois grupos de cultura popular
Local: Mandacaru, Rangel, Cruz das Armas, Valentina, Mangabeira e Conjunto Residencial Gervásio Maia

Dias 9, 10, 11 e 12/02 (sábado, domingo, segunda e terça)
Carnaval Tradição
Atração: Desfiles de escolas de samba e tribos indígenas
Local: Avenida Duarte da Silveira.


UMA MÚSICA PARA LEMBRAR E SONHAR:


MÁSCARA NEGRA!
Zé Kéti


Quanto riso! Oh! quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.

Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.