Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

BRINCAR COM ARTE

REVERÊNCIA AO BARDO DO AVON 



Sempre ouvi dizer que “a arte imita a vida”. Porém, como verdade, essa aparente regra jamais foi estabelecida. Posso dizer que a vida imita a arte? Não sei o que surgiu primeiro. Está achando graça?Não sei o por quê? Quem determinou a imprescindibilidade do ser humano para a existência da arte? *Imagem:kdfrases.com



Será que a natureza, em suas leis imutáveis, não produz arte? Onde está a mão humana desenhando e enchendo de cor o nascer e o por do sol? Também em riachos cristalinos, independentes da ação humana, figuras líquidas, belíssimas, enfeitam recantos quase intocados. E as flores? Milhões e milhões? Tão incontáveis quanto às estrelas. Na natureza nascem belas, suaves ou agressivas, sem qualquer pudor. Divertem-se em matizes, cheiros, tamanhos e formas, não necessitam da mínima intervenção do homem. *Imagem:fundospaisagens.com



O que dizer sobre o canto dos pássaros? Em bandos ou solitários, enchem as matas, as florestas e até as cidades de gorgeios, trinados ofertando música de primeiríssima qualidade. Não têm Maestros, não têm partituras. Não possuem instrumentos musicais, ao menos o mais rudimentar que se possa imaginar.  Em seu habitat natural, sequer aceitam a presença humana. Imperam maviosos e sem concorrentes, exceto, os de sua espécie. Acaso necessitam do ser humano para criar uma composição de complexas notas e tons, dando para quem ouve um verdadeiro espetáculo sonoro?  *Imagem:bloganimalchic.com



E o teatro da sedução entre aves, pássaros, animais selvagens?  As caras e bocas, as idas e vindas,  o canto nupcial, a dança, a oferta de alimentos, as demonstrações de força e poder, as lutas sanguinolentas e até a oferta sexual do vencido entre diversas espécies, tudo sugere um script cuidadosamente montado. Onde está o Roteirista? O Diretor? Entretanto, indene a ausência humana, alguns momentos são de  pura arte. *Imagem:viajeaqui.abril.com.br



As rochas esculpidas caprichosamente a céu aberto, não precisaram de cinzel, martelo ou da inspiração de qualquer individuo do gênero humano. Delineadas pelo tempo tomam as mais intrigantes formas. Igualmente, as estalactites revelam-se surpreendentes expressões artísticas da natureza.  Formadas a partir da infiltração lenta de águas, constroem estruturas que fazem inveja às almas sensíveis pelas fantásticas peças de arquitetura. Não há como negar: a música, a encenação, as cores, as forma estão entre nós, independentemente de nossas ações. *Imagem:www.jornalglobal.bazzoa.com


 Assim, voltando ao primeiro momento, o da indagação, entendo que a exemplo da curiosa “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”, as duas interrogações, não se configuram importantes. Mas, essas e outras, igualmente simbólicas, têm suas serventias. Fomentam discussões, geralmente em mesas de bares onde tudo é pretexto para desenrolar o papo. *imagem:fatosdesconhecidos.com.br



Por mais polêmicas que o ovo e a galinha possam gerar, a questão da arte é bem mais interessante. A arte é expressão da beleza, mas pode ser da feiura. Quem vê beleza na célebre tela batizada de “O Grito”? E como encontrar beleza na “Persistência da Memória” de Salvador Dali? Todavia, é pouco provável, que alguém não se deixe envolver, curiosa e suavemente, diante do sorriso enigmático que Leonardo Da Vinci apresenta ao mundo, com sua obra-prima “La Gioconda”. Por outro lado, a inocência e beleza, certamente não passarão despercebidas em Renoir, no quadro “Rosa e Azul”. *Imagem:mundodececi.com



A arte pode, igualmente, trazer conteúdo religioso, ético, moral, político, separado ou tudo junto, como é o caso da mais conhecida peça de Sófocles: Antígona. Ainda, pode ter apenas o intuito de entretenimento como ocorre na espécie “Teatro do absurdo”, gênero teatral onde situações absurdas são a temática de seus autores. Tudo pode alimentar a arte. A natureza, o riso, a dor, a alegria, a tristeza, o amor, a vida e a morte. A arte é democrática, alcança a tudo e a todos. *Imagem:ideiademarketing.com.br

A diversidade de expressões artísticas, também supõe gêneros e espécies. Há muito se convive com a designação de “artes” para demonstrações criativas do gênero humano como: Música, Teatro (Artes Cênicas), Pintura, Arquitetura, Escultura, Literatura, Cinema e, mais recentemente, Fotografia, Quadrinhos, Vídeo game e Arte digital. De tudo isso uma certeza: não importa quem imita o que. Enquanto nos sensibilizarmos diante da vida, contribuiremos com arte para uma humanidade melhor. *Imagem:betccruz.bogspot.com



Referir-se a Arte, no mês de Abril, mesmo que a partir de uma brincadeira, impõe a reverência a William Shakespeare. Nascido aos 23 de abril de 1564, em Stratford-Avon, no condado de Warwickshire. Com biografias, espalhada por todo o mundo é definido, como poeta e ator, além de ser considerado o maior dramaturgo e escritor da língua inglesa de todos os tempos. Autor de obras que atravessam os séculos sem perder a beleza e o significado, William Shakespeare deixou uma herança imorredoura para a humanidade, tal a proporção de seu capital autoral. *Imagem:en.wikipedia.org
Nas Tragédias como Romeu e Julieta, Júlio César, Macbeth, Antônio e Cleópatra, O Rei Lear, Otelo e Hamlet, do mesmo modo nas Comédias “o Mercador de Veneza, Sonho de uma noite de verão, A Megera Domada” e, bem assim, nos Dramas Históricos: Henrique IV, Ricardo III, Henrique V, Henrique VIII e, obras que não foram citadas, há a assinatura do autor: o seu olhar sob à condição humana perceptível na paixão de Romeu e Julieta, a sua obra mais conhecida, no ciúme cego de Otelo, na ambição de Macbeth.*Imagem:pimenta.blog.br

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