Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ROBIN WILLIANS


PATCH ADAMS VIRA ESTRELA!



Tive o privilégio de conferir, na sétima arte, a pureza, a profundidade de vários personagens  levadas a extremos por seu intérprete. Um ator singular, capaz de dar vida e voz a uma figura cênica   sem que para isso necessitasse expressar um gesto, uma só palavra. O seu rosto, seu olhar, nos transmitiam as mais variadas emoções.


Com ROBIN WILLIANS  Hollywood  chorou, sorriu, se emocionou, foi tomada pela ira, pela dor, pela esperança, pelo amor, humanizou-se e compartilhou as mais belas sensações repassadas por seu talento, sua performance a cada dia mais inspirada e em perfeita comunhão com a arte.


Versátil, ia do riso escancarado a dor, ao desencanto, sem perder a credibilidade. Era denso na composição de seus papeis, incapaz de se contentar com o ato de interpretar, vivia os seus personagens como se foram únicos, como se tivesse assumido uma só proposta em sua vida: atuar materializando a ficção, tirando-a do roteiro e trazendo-a para diante de nossos olhos, desnudando nossas almas, revelando o que ia por nossos corações ante a magia de suas interpretações.



Não há exagero, perdemos um artista brilhante. Uma figura célebre, lembrada não só por sua genialidade, mas e também por sua capacidade de doar-se. Seu amor ao próximo não se prendia a tela, não era contido pelas luzes dos sets onde a emoção fictícia tornava todos semelhantes. 


Dono de uma alma sensível e fiel as suas amizades não poupou esforços para minimizar o sofrimento de  Christopher Reeves, amigo nascido na mesma cidade e que também fez sucesso como ator.  O companheiro que ficou tetraplégico ao cair do cavalo. Sua afeição e cuidados para com o amigo doente, triste e sem esperanças, o levou ao Hospital disfarçado de médico russo, portando máscara e equipamentos, arrancando risos daquele que se debatia entre lutar contra suas dores e simplesmente entregar-se a própria sorte.  Não ficou apenas nessas ações. Ajudou a pagar todas as contas médica daquele que fora seu companheiro de Universidade, até sua morte. Consagrou-lhe o prêmio Cecil B. DeMille, do Globo de Ouro. 


Robin Williams e Christopher Reeve foram colegas de quarto na universidade onde estudaram dramaturgia e viraram amigos para a vida toda. Antes mesmo de qualquer um deles ficar famoso, eles fizeram um pacto de quem quer que fosse bem sucedido seria obrigado a ajudar o menos sucedido. Deveriam se ajudar mutuamente. Não houve ruptura do acordo com a morte do amigo.


Dois anos após o falecimento daquele a esposa de Christopher morre vitimada por um Câncer. ROBIN WILLIANS não titubeia, adota o filho do casal e passa a criá-lo. Numa fantástica inversão, a vida imita a arte. Pois é, digno e generoso na vida real. Magnífico e  inimitável na vida artística. Quem não viajou com Robin no emocionante Bom dia, Vietnã? Quem não se derreteu, literalmente, diante daquela piscina de macarrão improvisada por Patch Adam? Como deixar de sentir –se um adolescente motivado a pensar por  John Keating,  um professor diferente? Impossível não encher-se de ira ante a insensibilidade de alguns quanto a menção  a Sociedade dos Poetas Mortos pelo incrível Capitão? E o Peter Pan adulto na  Volta do Capitão Gancho? Como Midas, tinha um toque de ouro. 



Bem sucedido na Televisão, no Teatro, no Cinema, na Comédia Stand up, entusiasta dos Videogames viveu intensamente suas opções. Casou duas vezes, foi pai biológico de três filhos e pai adotivo de Willians Reeves. Teve sérios problemas com drogas e álcool. Abstêmio por 20 (vinte)  anos, voltou a beber desenvolvendo problemas de saúde que o obrigaram a uma cirurgia cardíaca. Tornou-se vegetariano a partir dessa enfermidade.


Filantropo por natureza, criou, com sua mulher Marsha,  a “Windfall Foundation” para arrecadar fundos destinados a diversas obras de caridade. Apresentou-se em eventos diversificados como o Comic Relief; participou de uma cover de "It's Only Rock & Roll", dos Rolling Stones; se apresentou para as United Service Organizations, sempre captando recursos para ações filantrópicas.Após o terremoto de 2010 na Nova Zelândia, Robin Williams doou tudo o que foi arrecadado em sua performance da turnê Weapons of Self Destruction, em Christchurch, para ajudar no auxílio à reconstrução daquela cidade.” Fonte Wikipédia a Enciclopédia Livre.
  

Que pena. Deixou-nos órfãos de sua presença, de sua arte. Levou-nos o riso frouxo provocado por sua graça e atuação. Partiu, dando-nos a sensação de que jamais teremos o improviso genial com que caracterizava suas interpretações. Transmutou-se, não está mais na calçada da fama, também não está mais em Hollywood, assumiu, para a eternidade PATCH ADAMS, virou uma  estrela cintilante que lá no alto ilumina a todos com seu sorriso, seu rosto amigo. 

 


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