Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

sábado, 11 de janeiro de 2014

SOBRE ALESSANDRA MAESTRINI

A CANTRIZ!


Folheando um exemplar da Revista QUEM, da Editora Abril, do mês de Dezembro próximo-passado, na seção “De A a Z”, achei por demais interessante, uma entrevista com a atriz ALESSANDRA MAESTRINI que viveu a personagem Bozena, uma jovem vinda da cidade de Pato Branco, no Paraná, que trabalhava como doméstica, no humorístico da TV Globo “Toma Lá Dá Cá”. 


Bonita, um rosto limpo, saudável, a atriz se declara “soprano absoluta”; expressa o seu amor, a sua ligação com a música. Revela  sua admiração por Barbra Streisand, a quem, desde pequena, imitava cantando embaixo do chuveiro; relembra suas aulas de canto, iniciadas aos 15 anos de idade e sua estréia no teatro com o musical “As malvadas”. 


Seguindo a linha ali revelada: musical, a atriz fala sobre o seu primeiro SHOW e CD, denominados “DRAMA N’JAZZ”, a que se refere como cheio de clássicos do Jazz, pop e MPB. Relata que leu CLARICE LISPECTOR, inicialmente,  “A Via Crucis do Corpo” , aos 19 anos, o que  se tornou um marco na sua vida. Essa lembrança parece embasar o lado versátil, impecável, evidenciado na abordagem Global sobre a irresistível escritora, na série da autora Maria Camargo, “Correio Feminino”.


Sua trajetória mista de atriz e cantora, com larga experiência no teatro, avoluma-se na turnê pelo País juntamente com Juan Alba, ao levarem aos palcos o espetáculo “NEW YORK, NEW YORK”, a primeira montagem no Brasil,  do  livro transformado em filme e dirigido pelo consagrado Martin Scorsese e que, na telona, foi protagonizado magistralmente por Liza Minnelli e Robert de Niro.  


Lendo Alessandra Maestrini “ De A a Z”,   percebe-se uma alma sensível, porém determinada e apaixonada por seu trabalho. Traços de sua personalidade são revelados ou mesmo sugeridos por locuções inteligentes, bem construídas, nas quais duas prenderam, um pouco mais a minha atenção, levando-me a refletir.


A primeira informação passada pela atriz refere-se a letra “A” e para qual usou a palavra Amor, nada demais, até aí. Entretanto,  essa Paulista de 36 anos, que fez aulas de tablado aos 11, ousou e fechou a questão: “Amor É a essência da paz, da sabedoria...”. Quantos jovens atores e atrizes não usariam a chance para dar ao amor uma conotação puramente emocional?  Identificar o amor como essência, substância, natureza da paz e da sabedoria é, no mínimo, crer no amor universal, no pacifismo como imprescindível... . É acreditar na absoluta beleza da Paz.


E a sabedoria? Como tornar o amor imanente á sabedoria? Ora, o amor é, sem sombra de dúvidas, o elemento no qual fluem sentimentos bons, entre esses aquele que agrega valores reais: a sabedoria. O sábio ama e esse sentimento nobre traz a reboque seleções fundamentais em sua vida. Quem acolhe o amor como parte de seu ser opta pelo melhor: a beleza do mar, o perfume da flor, a liberdade dos seres, o olhar e o sorriso das crianças, a beleza da música...  A doce consciência da melhor escolha.



A artista ao chegar ao “T” é contundente: “sou taurina... dizem que touro é o signo mais sensual do zodíaco e sou mesmo apaixonada pelo agrado dos sentidos: boa música, bom paladar, bom sexo.”  A frase ecoou dentro de mim. Sim, porque referir-se a boa música, bom paladar, é algo que se vê rotineiramente. São temas que exercem um certo fascínio e tem sempre bons ouvintes, bons leitores.


A referência a "bom sexo" não é uma amenidade. O tema "Sexo", vende revistas, espetáculos musicais, teatro, filmes, escândalos e tudo onde se possa, efetivamente, explorá-lo. Mas, bom sexo é algo que aparece apenas numa frase, egoísta e sem sentido, repetida nos leitos, na literatura  e na cabeças de criaturas sem imaginação: Foi bom para você?  Traduzindo: Fui bom? Sou gostoso?



O encadeamento das definições da atriz sugere algo diferente. A ideia ofertada  é aquela onde os parceiros respeitam o imaginário do outro, também nesse cenário. Novamente, Alessandra desvia-se das imagens e declarações, repetidas, de senhoras do ambiente artístico nacional, bem como de jovens candidatas a atrizes ou mesmo já reconhecidas, que apontam um "céu" sem limites. Afirmam, orgulhosamente, todas as possibilidades imagináveis ou não. Máquinas do sexo. Seres que a semelhança daqueles criados em ambientes virtuais ou da indústria específica, prometem subir no teto e incendiarem-se juntos com seus companheiros. 


Uma atriz com pensamento próprio, alguém para se gostar nessa leva de novos valores. Uma mulher com um ritual de persistência, aliado ao amor por sua escolha. Parabéns "cantriz Alessanda Maestrini".

2 comentários:

PERSEVERÂNÇA disse...

Você fez uma escolha bem legal, o assunto muito bem explicadinho e gostoso de ler.
Bjs
Nicinha

Anônimo disse...

Lourdes a Nicinha tem razão. Texto rápido e de fácil leitura. Realmente a Alessandra Maestrini vale a homenagem. Cláudia