ADEUS AO GOLPE
Realizadas num momento em
que a sociedade brasileira atravessa uma terrível crise ética, moral e também econômico
financeira, as Eleições Municipais de 2016 trouxeram, mais que o burburinho das
ruas, mensagens claras e decisivas de que não mais interessa a sociedade a manutenção de ideias
equivocadas.
*Imagem:estaçaonc.com
*Imagem:estaçaonc.com
Não é a toa que o Partido dos Trabalhadores – PT, que governa o Brasil desde o ano de 2002, portanto, há 14 anos, amarga uma pós-eleição com suas bases políticas carcomidas. Devastadas por escândalos sobre escândalos, mostra um verdadeiro circo de horrores, caindo aos pedaços e assombrado por fantasmas do passado, misturado aos zumbis do presente. *Imagem:it.medroid.com
Nas eleições de 2012,
terminado o pleito, inclusive com eleições suplementares e novas eleições,
o PT ostentava a incrível marca de ter em seus quadros 644 (seiscentos e quarenta
e quatro prefeitos). Nas eleições do ano de 2016 em curso, conseguiu eleger 256
(duzentos e cinquenta e seis) prefeitos. Ainda poderá eleger até mais 7 (sete) que disputarão o segundo turno. Mesmo que consiga eleger todos, o PT terá despencado
numa proporção de 59% em relação ao último pleito eleitoral. Uma performance muito aquém de sua pretensão.
*Imagem:opiniaotriunfodigital.blogspot.com
*Imagem:opiniaotriunfodigital.blogspot.com
A derrocada do PT não se
revela apenas no número de eleitos. Os candidatos, devidamente apadrinhados,
obtiveram um total de 6,8 milhões de votos, enquanto que em 2012 esse somatório
foi de 17,2 milhões. Não há como negar: a Operação Lava jato realmente removeu
a aparência de honestidade e competência de políticos ali investigados,
atingindo suas bases e seus aliados.
*Imagem:capital.blogspot.etc.br
Igualmente a nova
legislação para as eleições de 2016, determinando um período menor para a
campanha e vedando à doação de pessoas jurídicas, produziu o efeito de uma igualdade que ao
PT não interessava: todos partindo dos mesmos pressupostos e submetidos ao
mesmo controle. Como, o partido que até então desconhecia limites, poderia aceitar que secassem as fontes, fechassem as torneiras, diminuíssem receitas e possibilidades de governos de seus afilhados políticos?
*Imagem:doaçãoeleitoralegal.com
*Imagem:doaçãoeleitoralegal.com
As eleições deram o tiro
de misericórdia sobre o PT. Quem poderia
imaginar a Prefeitura de São Paulo retirada sem dó ou compaixão do domínio do
Partido dos Trabalhadores? Fernando Haddad não conseguiu sequer o número de
votos que obteve no primeiro turno de 2012 quando apoiado integralmente por
Lula.
*Imagem:cironovaesfernandes.blogspot.com
*Imagem:cironovaesfernandes.blogspot.com
Ficando em segundo lugar
na disputa pela prefeitura, alcançou o percentual de 16,7% dos votos válidos contra
53,3% dados ao tucano João Doria, misto de empresário e apresentador de televisão. O
novo prefeito chega para governar a maior cidade do país sem ter ocupado
qualquer cargo eletivo, trazido pelas mãos do Governador Geraldo Alckmin, devolvendo
a Haddad a surpresa que ele causara à nação há exatos quatro anos.
*Imagem:abcdoabc.com.br
*Imagem:abcdoabc.com.br
Existe algo preso a
garganta que precisa ganhar o mundo. O golpe, reiteradamente alegado pelo PT
e, usado como fermento de transformação do povo brasileiro em massa de
manobra, acabou. Não há mais espaço para
se falar em golpe. O repúdio a candidatos de Direita; a insatisfação que possa
causar a presença de Michel Temer na Presidência; as denúncias internacionais; as
agressões nas redes sociais... nada mais tem valor ou sustentação diante da
resposta das urnas. *Imagem:bayeuxtemtudo.com.br
Milhões preferiram votar
nulo, votar em branco do que votar no PT. Milhões escolheram fazer suas opções em
partidos pequenos, sem expressão nacional. Milhões ficaram em suas casas quando
poderiam ter votado no PT. É incontestável que os Partidos Políticos no Brasil
precisam urgentemente refazer conceitos, reformular propostas, refletir
profundamente sobre o que ecoou retumbante nas urnas.
*Imagem:sobreisso.com
Coincidentemente, ocorre essa quebra de poderio e hegemonia do PT, exatamente quando há mudança no financiamento das campanhas. Após sucessivos escândalos de caixa dois, fraudes nas doações, propinas e extorsões, praticadas por políticos e empresários, não mais é possível esse tipo de financiamento, lícita ou ilicitamente. Na eleição passada, empresas financiaram até 90% das campanhas eleitorais. Nesta, todo o dinheiro se originou de pessoas físicas, bem como de valor advindo do Fundo Partidário. Além disso, cada candidato prestou contas em intervalos de 3 dias. *Imagem:idgnow.com.br
*Imagem:sobreisso.com
Coincidentemente, ocorre essa quebra de poderio e hegemonia do PT, exatamente quando há mudança no financiamento das campanhas. Após sucessivos escândalos de caixa dois, fraudes nas doações, propinas e extorsões, praticadas por políticos e empresários, não mais é possível esse tipo de financiamento, lícita ou ilicitamente. Na eleição passada, empresas financiaram até 90% das campanhas eleitorais. Nesta, todo o dinheiro se originou de pessoas físicas, bem como de valor advindo do Fundo Partidário. Além disso, cada candidato prestou contas em intervalos de 3 dias. *Imagem:idgnow.com.br
Quase como se fosse "água para chocolate", o Superior
Tribunal Eleitoral fixou limites para gastos nas campanhas, baseados nos custos
de 2012 e, naturalmente ajustados aos de cada ente. Ora, em rápida reflexão, vem à tona a impressionante cifra declarada para eleição em São Paulo naquele ano. Curiosamente, dizia-se, a boca pequena, que Lula conseguira eleger um poste, numa jocosa alusão ao alijamento de Hadadd do cenário político nacional e, claro, a permanência do mentor manipulando os cordéis.
*Imagem:ciudadanosenred.com.mx
Nesse contexto, o pré-falado Ministro também afirmou que os custos da eleição chegaram a casa dos R$ 650.000.000,00 (Seiscentos e cinquenta milhões de reais) contra R$ 483.000.000,00 (Quatrocentos e oitenta e três milhões) em 2016. Outros nuances deram cores diferentes a essa Eleição, como foi o caso das abstenções que chegaram a 17,5%, no cômputo geral. *Imagem:g1.globo.br
*Imagem:ciudadanosenred.com.mx
Como resultado de tais
providências, o Ministro Gilmar Mendes Presidente do TSE, após o encerramento
das campanhas, declarou ter sido doado o valor de R$ 2.381.924.929,06 (Dois bilhões
trezentos e oitenta e um milhões, novecentos e vinte e quatro mil, novecentos e
vinte e nove reais e seis centavos) em 2016, contra R$ 6.299.569.148, 78 (Seis bilhões,
duzentos e noventa e nove milhões, quinhentos e sessenta e nove mil, cento e
quarenta e oito reais e setenta e oito centavos) na eleição passada. Numa visão rápida se constata,
em termos de doações, um aporte bem menor e equivalente
a 1/3 do declarado na eleição de 2012.
*Imagem:falandodireito.com.
Nesse contexto, o pré-falado Ministro também afirmou que os custos da eleição chegaram a casa dos R$ 650.000.000,00 (Seiscentos e cinquenta milhões de reais) contra R$ 483.000.000,00 (Quatrocentos e oitenta e três milhões) em 2016. Outros nuances deram cores diferentes a essa Eleição, como foi o caso das abstenções que chegaram a 17,5%, no cômputo geral. *Imagem:g1.globo.br
As Eleições nesse ano de
2016, realmente tiveram uma realidade totalmente nova para nós, os eleitores. No aspecto físico pode-se afirmar
tranquilamente, que foi a mais limpa de que se têm notícias nós últimos
pleitos. Entretanto, a limpeza de que falo é no sentido das toneladas e
toneladas de material de propaganda que, costumeiramente são deixadas após o período
eleitoral.
*Imagem:acaradevitoria.com
*Imagem:cironovaesfernandes.blogspot.com
A Eleição de 2016, entre outros deixa um aviso aos partidos políticos: aos de direita que deixem áreas de conforto e busquem novas propostas; aos partido de esquerda que esqueçam discursos repetitivos, inflamados pela ira, gastos e vazios. Ao PT urge esquecer a maçante e desfigurada ideia de ver golpe onde não existe. Lamber as feridas e se der, quem sabe, purificar-se na tentativa real de servir ao povo brasileiro e não ao "povo petista".
*Imagem:gan.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário