Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

FILÕES JORNALÍSTICOS –


CATALISADORES -

Com minha natural curiosidade resolvi pesquisar sobre algo que sempre acendeu a minha tendência investigativa. Os assuntos que multiplicam a vendagem de jornais e revistas, enlouquecem os diários, os periódicos, os tablóides. Não falo dos ocasionais, mas, os que sempre causam sensação e aumentam a tiragem de qualquer publicação.


ATAQUES À RELIGIÃO. Observa-se no nosso cotidiano que matérias contrariando dogmas de fé, especialmente referentes à Igreja Católica e mais especificamente as figuras do Cristo e de Maria, sua mãe, tem sido um lugar comum entre escritores, jornalistas, cronistas, contistas, enfim, rende, invariavelmente, fama, boa ou má, pouco parece importar, para aqueles que se esmeram em invalidar, desmoralizar, inverter, tentar a dificílima missão de destruir mais de dois mil anos de fé, isso se não considerarmos a parte histórica que já registrava um Filho de uma Virgem que viria para Redimir a humanidade. Mas, através deste blog, esses não ganharão nenhuma notabilidade.

CORRUPÇÃO. O seu alcance, atuação e reincidência no cenário mundial chega as raias do absurdo. Constitui-se num acelerador poderosíssimo para holofotes, vendas de notícias e repercussão na sociedade humana. Esse assunto que não sai da mídia, assim entendida por  sistemas formados por Emissoras de Rádio e TVs, Jornais, Revistas e agora a Internet, a grande mídia internacional. 

Potencializa sobremaneira o interesse dos cidadãos particularmente neste momento, em que a mais alta Corte de Justiça no Estado Brasileiro, O Supremo Tribunal Federal, julga altas personalidades do nosso universo político e financeiro, apanhados em condutas criminosas, tipificadoras de vários crimes, entre esses a famosa associação para o crime, vulgarmente, formação de quadrilha. Mas, esse também não será o meu foco.

A CRIMINALIDADE, sempre crescente, que parece encharcar de sangue das vitimas, inocentes ou não, as páginas dos jornais diários, as telas de TV e computadores,também exercem um enorme fascínio sobre as populações. O noticiário em determinadas regiões tem sua audiência medida pelo número de homicídios e/ou agressões praticadas, que demonstram o total desconhecimento do mais natural dos Direito: o Direito à vida. 

Este assunto, por demais profundo e delicado exige bem mais que uma simples postagem, demanda sim, uma mudança de postura, a partir da vontade política dos gestores de políticas públicas de mudar o panorama, bem como pela conscientização da sociedade em relação aos seus Direitos e Deveres.

FUTEBOL! Já foi dito que o Brasil é o país do futebol, apesar de sua origem remontar a China Antiga, mais ou menos por volta de 3000 a.C, quando os soldados, criaram um jogo onde dois grupos de oito,  rivalizavam chutando as cabeças decepadas de inimigos. Jogar futebol também era uma prática no Japão antigo. 

No mundo Ocidental se tem notícias de que na Grécia antiga, aproximadamente no século I antes de Cristo, também se jogou futebol. Apesar de ter estado sempre presente nas sociedades antigas, foi na Inglaterra, no início do século XVII que foi jogado com regras, sistematização e organização.


Independentemente de sua origem o futebol é o esporte Nacional por Excelência. É praticado sem distinção de condição econômica, social, financeira, idade, cor ou sexo. Arrasta multidões, manipula altas cifras com seus contratos milionários e, suas estrelas, são fontes inesgotáveis de matérias jornalísticas, traduzidas na edição de publicações específicas e aumento na tiragem de jornais e revistas. Porém ante atuações melancólicas de nossos jogadores, o “Penta”, ao que parece, pertence à galeria de honrarias históricas e que não se repetem e não são acrescidas. Que 2016 nos seja leve.

MEMES, por toda a história da Humanidade há o relato de situações que surgiram do nada, estenderam-se para todos os lados, mostraram uma força  passional e do mesmo modo desvaneceram-se e desapareceram, sem deixar saudades. 

Tais notícias são informações reiteradas que, como os vírus, infectam o nosso pensamento, afetam o nosso comportamento, e se propagam de cérebro em cérebro, formando nossa cultura. Assim, MEMES é o gene cultural que se reproduz. No auge de sua vitalidade é um catalisador poderoso, capaz de movimentar como um instrumento de força física uma imprensa morna, paralisada pela mesmice, pela ausência do novo. Mas isso já foi analisado (postagem 21 de janeiro de 2012).

A FAMÍLIA REAL BRITÂNICA. É a nossa mola propulsora hoje. Caracteriza-se por ser aquela que não sai da Mídia. O assunto que vende jornais e revistas como se fosse a sua maior e melhor vocação é a família Windsor.  Tudo serve para impedir aos seus membros de viver com a privacidade que todo ser humano deseja. Nada parece satisfazer a horda midiática, desinteressada no que concerne a essência dos homens e mulheres que fazem a Realeza Britânica, porém, fanáticos quando se trata de persegui-los insanamente, transformando-os em notícias, manchetes e cifras.

A presença de quaisquer dos reais, nas páginas de um jornal, de uma revista, sob a lente invasiva de um fotógrafo não autorizado ou em compromissos sociais, na maledicência de editores maus intencionados, resulta em manchetes que ganham o mundo, monopolizam as atenções, revelando-se  verdadeiros filões  jornalísticos.

Não tem sido fácil. Recentemente o mundo assistiu, boquiaberto, a invasão de privacidade de Harry. O príncipe, exposto em sua intimidade, viu-se despido de suas vestes, de seu título, da fleuma que cerca a família real. 

O jovem que participava de uma festa íntima, com pessoas livres, capazes e conscientes, no interior de uma suíte, na cidade de Las Vegas, teve sua liberdade insultada, sua condição de cidadão aviltada pela indiscrição de algum dos participantes da festiva reunião e, endossada, a atitude vil de quem fotografou por jornais e revistas de todo o mundo, inclusive do Tablóide “The Sun” que denegriu, difamou, transtornou e humilhou a família Real ante seus súditos, perante o mundo Ocidental e, entretanto, faturou, ganhou, lucrou com a festa da imprensa marrom.

Tal acontecimento rendeu a Harry à censura de seus familiares, a solidariedade de milhares de Ingleses, inclusive, oficiais que compõe o efetivo do Exército Inglês, donas de casa e jovens de todo o mundo. Ao que sugere a recente missão do Príncipe Harry que foi mandado ao Oriente Médio, como co-piloto de Helicóptero, é uma tentativa de tirar o foco do ocorrido.

Arriscar a integridade do Príncipe no Afeganistão, numa área cheia de ressentimentos contra Ocidentais é uma arriscada decisão. Tanto é assim que, a base militar onde se encontra o príncipe Harry foi atacada na sexta-feira, dia 14 de setembro,  por rebeldes Talibãs, no sul do  Afeganistão. O jovem monarca escapou ileso, dois de seus companheiros foram mortos. Oxalá, o risco a que o Príncipe está exposto possa, de alguma forma, acalmar os paparazzi. 

Igualmente, numa situação de extremo desconforto, o Príncipe Consorte Philipe se deixou surpreender numa atitude não muito convencional, por ocasião de evento na Escócia, ao lado de sua mulher Elizabeth e  de seu filho Charles, vestindo clássico Kilt, na maneira tradicional, sem nada por baixo e deixando a mostra muito mais do que seria desejável, quando foi clicado em indiscreta posição. o site "TMZ" está entre os que exploraram a notícia.

 Não fosse ele o Duque de Edimburgo, marido da Rainha Elizabeth, tal episódio seria apenas desagradável; sua condição social, porém, multiplica a ocorrência, fazendo com que o Príncipe consorte assuma o seu constrangimento, o seu indisfarçável ato falho. 

A possibilidade de se raciocinar no sentido de que a idade pode ter contribuído para o afrouxamento de determinados cuidados, não foi ventilada. Os jornais limitaram-se a realçar o que estava sendo revelado, com sinais que pudessem cobrir e ao mesmo tempo chamar a atenção. Pobre Príncipe, sequer pode curtir a liberdade de estar sem cuecas de forma tranquila, sem grandes problemas.


 Mais uma vez a sanha sobre notícias com a família Real se configurou na violação de privacidade. Katie Mindetlon, mulher do Príncipe William foi surpreendida fazendo topless, numa praia. Os duques de Cambridge passavam férias num palacete em Provença, de propriedade do Lorde Linley, sobrinho da rainha da Inglaterra, Elizabeth II.   Katie foi fotografada, de longe, à vontade, ao lado de seu marido e teve suas fotos publicadas por um tablóide francês, sendo reproduzidas através de redes sociais.

Diferentemente do que ocorreu a Harry, não houve o interesse dos tablóides Ingleses e apenas a França publicou as fotografias. Tão grande a invasão, tamanha a grosseria que a Casa Real Inglesa, já ajuizou a competente ação judicial visando diminuir os danos causados a mais nova integrante da Casa Real.

Fica demonstrado que a falta de liberdade dos membros da casa real inglesa. Em declaração o Príncipe William registra o seu pesar pelo sofrimento imposto á sua mulher a quem prometera, tudo fazer para que a ela, Katie, não fosse infligida uma vida sem privacidade, sem reservas, cheia de perseguições e especulações.
  
Extremamente complexa é a situação dos que galgam postos na Família Real Inglesa, através de casamento com um de seus membros. Adquirem um Satus diferenciado, tornam-se vitrines para o mundo e, desse modo, sacrificam as suas vida, sua liberdade, sua paz e, até mesmo, sua vida no sentido mais literal que se possa imaginar.

Talvez numa visão plebéia, trago na minha experiência a ideia de que nada neste mundo vale a liberdade do ser humano. Os grilhões que nos são impostos tolhem nossos horizontes, modificam o nosso senso crítico, destroem, paulatinamente toda e qualquer esperança de felicidade.

Tais laços podem construir muros que aprisionam em doenças como anorexia, bulimia,  depressão e outras, que atingem vis mortais quando na tentativa de viverem um grande amor são enxergados pela sociedade de maneira grotesca  pois esses veem apenas a  ascensão social, o glamour, o status.

"Alguns grilhões são chamados até de algemas de ouro (golden handcuffs), isso porque nos sujeitamos pensando nos benefícios futuros, na maioria das vezes, puramente financeiras." O blog Serene Journey faz uma reflexão interessante sobre as algemas de ouro – A Maldição das Algemas de Ouro – The Curse of the Golden Handcuffs.Fonte: http://projetosejafeliz.wordpress.com


Olhando a juventude, elegância e independência de Katie Mindetlon, Duquesa de Cambridge, é inevitável uma comparação entre a Princesa e Diana, sua sogra, ambas bonitas, inteligentes, elegantes, esbanjando simpatia e charme. Por vezes não dá para lembrar o mistério de um olhar cada vez mais distante, de uma tristeza dolorosa espelhada nos olhos de Diana e já se anunciando no rosto de Katie.

Por último e para não perder o hábito a Star Magazine registra a gravidez de KATIE, após as calorosas férias, informando, ainda, que o anúncio oficial da gestação deverá ocorrer somente após o segundo mês e, rezar para que nenhum "paparazzi" surpreenda a Rainha trocando o soutien.

Resta torcer para que Ela, Katie, não seja tragada pela voracidade das águas palacianas, sufocada pelas convenções arcaicas e disformes que se esmeram em criar mecanismos de tortura mental. Vamos esperar confiando na juventude e capacidade de decisão dessa jovem que, vivendo seu conto de fadas, com direito a príncipe e tudo não se deixe estrangular pelos tentáculos terríveis da Casa Real Britânica ou abater por uma mídia escandalosa, por vezes incapaz de produzir uma única matéria suave, desprovida de malícia e mau gosto.

E que a Inglaterra não defenda apenas a expressão: “God save the Queen” e sim os seus cidadãos, nobres ou plebeus. 

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