O INÍCIO
EGITO ANTIGO –
O seu romance, primeiro com Júlio César (100-44 a .C) e posteriormente com Marco Antônio (83-30 a .C,), em pleno período do Império Romano, conforme os registros históricos, demonstra que ambos apaixonaram-se pela rainha egípcia, uma inteligentíssima mulher, considerada uma expert na arte de se perfumar e seduzir.
OS ÁRABES –
Os gregos com seus costumes influenciaram o povo Romano no uso do perfume. A influência grega foi de tal alcance que o império romano, que se estendeu por todo Sudoeste da Europa Central, Sudeste da Europa/Bálcãs e toda a bacia do Mediterrâneo, tornou-se decisivo para a ampliação da perfumaria, uma vez que passou a se utilizar das fragrâncias de forma intensa.
A comercialização de matérias primas aromáticas foi vitalizada pela criação de caminhos mercantis para a Arábia, Índia e China. Durante o império, o interesse dos romanos por resinas, fragrâncias, bálsamos e perfumes extrapolou as fronteiras possíveis, causando um desequilíbrio nas contas do império, forçando uma crise.
Os romanos mais abastados mandavam que seus escravos perfumassem as solas dos seu pés.
O PERFUME CAMINHA COM O HOMEM, DEIXA DE SER ASSOCIADO AO SAGRADO, TRANSFORMA-SEEM MEIO DE SEDUÇÃO , TORNA-SE SÍMBOLO DE PODER AQUISITIVO E PODE TRANSFORMAR-SE NA ÚNICA ROUPA VESTIDA POR UMA BELA E DESEJADA MULHER, MAS ISSO SÓ NA SEGUNDA PARTE. VENHAM, CONFIRAM. VEJAM.
O perfume, os cheiros, sempre tivereram seu lugar na história da humanidade. Assim, em alguns momentos de nossa evolução, poderia significar a sobrevivência ou a morte do indivíduo, que tornar-se-ia uma presa fácil de ser encontrada pelos predadores. Por outro lado poderia evocar boas ou más lembranças, ser bem recebido ou motivo de de rejeição, enfim, segue, pari passo, a raça humana.
Entretanto, discorrer sobre qualquer assunto nos leva, quase que instintivamente, a tentar defini-lo, bem como, a buscar a origem do vocábulo que o designa. A necessidade de estabelecer a procedência do nosso alvo é algo que se impõe, até mesmo para justificar o “porquê” e atribuir créditos.
Desse modo e nesse caso, nos deparamos com uma rotina na língua portuguesa: a origem latina. Fazendo reminiscência vemos que no latim "Per" significa através e, "fumus" (conhecido dos operadores do Direito), fumo, fumaça - o que sugere um início marcado por sopro, fumaça, que era liberada por ocasião da queima de folhas, madeira e outros materiais, fato comprovado pelo próprio étimo.
A Fumaça Perfumada |
Quando os pré-históricos aprenderam a fazer o fogo, descobriram que queimar aliviava o sabor dos víveres. Inclusive, já foi dito:“pensa-se que a arte da perfumaria se terá iniciado ainda na Pré-História, quando o homem primitivo descobriu que certas plantas libertavam fragrâncias agradáveis quando queimadas” . Os primeiros perfumes teriam, pois, surgido sob a forma de fumo ou "através do fumo".
A vida nos mostra uma afinidade constante entre simbologia, ritual, fragrância e crenças. Desde o início da humanidade que o incenso guarda correlação com as práticas místicas de todas as eras. Do mais inculto ao mais erudito de cada povo e cultura, de alguma maneira, por algum instante, aromatizou o ambiente em que ocorreria uma prática ritualista. Representando, o ato de perfumar o espaço, uma oferta, uma devoção espiritual e uma oblação de pretensões dos cultuadores às divindades. Portanto, uma rotina no exercício da religiosidade.
Árvores e Incenso |
Destarte, o perfume e o incenso apresentam um conteúdo sacro. Alguns foram específicos para celebrações religiosas. A História da perfumaria registra que na coroação de druidesas utilizava-se “verbena e outras ervas sagradas, ungindo os sacerdotes com óleo sagrado perfumado e estimulando a criação de uma atmosfera devocional nos santuários.”
Diz a tradição que óleos e incensos queimados atraiam anjos e afugentavam maus espíritos; o aroma tem, então, uma conotação de benignidade, bons fluídos.
Diz a tradição que óleos e incensos queimados atraiam anjos e afugentavam maus espíritos; o aroma tem, então, uma conotação de benignidade, bons fluídos.
No nosso percurso, sobre a historiografia do perfume vamos localizá-lo em diversas situações, senão vejamos:
NA BIBLIA -
O Perfume dos Templos |
A história do perfume, que caminha junto com a trajetória do homem desde tempos imemoriais, desde o início se confunde com a do incenso. O uso de essências aromáticas aparece em relatos bíblicos desde o Velho Testamento. Em sinal de gratidão por ter sido salvo do Dilúvio, Noé teria queimado madeira de cedro e mirra. Os Reis Magos - Belchior, Baltasar e Gaspar, segundo as Sagradas Escrituras, ofereceram de presente ao Menino Deus, ouro, incenso e mirra.
Há também a transcrição de que os Hebreus empregavam o perfume na existência quotidiana e nas práticas religiosas. Assim é que na Bíblia, no livro Êxodo - Cap.30, V. 1, 7, 22-25, há uma fórmula para a confecção de um perfume especial, conforme teria sido determinado por DEUS: "Farás também um altar para queimar os perfumes; e Aarão queimará sobre ele um incenso de suave cheiro.”
O Tabernáculo |
"Falou mais o Senhor a Moisés dizendo: Tu, pois, toma para ti das principais especiarias: da mais pura MIRRA, quinhentos siclos*; e de CANELA aromática, a metade, a saber, duzentos e cinqüenta ciclo , e de CÁLAMO aromático, duzentos e cinqüenta siclos; e de CÁSSIA, quinhentos siclos, segundo o siclo do Santuário; e de azeite de OLIVA, um him**. E disto farás o azeite da Santa Unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da Santa Unção". (Êx. 30:22-25)*Siclo – unidade básica, 2 becas 11,4 gramas de prata Gn 23:15; 2 Rs 6:25."**Him - 1/6 do bato 6,2 litros Ex 29:40; Ez 4:11.
É também Bíblica a história da rainha ESTER. Contam os textos Sagrados que Mordecai criara Hadassa e a tomara por filha, essa era jovem e bela, de boa aparência e formosura. O rei Assuero (Xerxes) havia repudiado a rainha Vesti por ter deixado de atender às suas convocações. Assim foram levadas virgens ao palácio real para, após o período de embelezamento, ser apresentadas ao Rei que escolheria a que mais lhe agradasse, para ser a nova rainha.
Ester, que assumira esse nome para esconder a sua origem judia, foi levada a Hegai, eunuco que cuidava das moças e que se agradou da jovem que lhe pareceu formosa e alcançou favor perante ele; pelo que se apressou em dar-lhe os ungüentos e os devidos alimentos, como também sete jovens escolhidas da casa do rei; e a fez passar com as suas jovens para os melhores aposentos da casa das mulheres.
Hadassa ou Ester |
Chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada segundo as prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com os perfumes e unguentos em uso entre as mulheres), então, é que vinha a jovem ao rei; a ela se dava o que desejasse para levar consigo da casa das mulheres para a casa do rei.
O perfume e os ungüentos, o amor paternal de seu pai adotivo, transformaram Hadassa, uma menina judia, órfã, numa rainha muito amada e com uma missão, salvar o seu povo. Ester conquistou o Rei, o trono e uma posição de destaque. DEUS usou Ester, como um instrumento, para salvar o povo judeu de um decreto de morte. A Rainha Ester foi uma mulher de fé e obediência ao Senhor.
Há, ainda, em muitas outras ocasiões, referência na Bíblia à perfumes, ungüentos, e óleos, inclusive a passagem em que uma pecadora teria lavado os pés de Jesus com suas lágrimas, ungido com perfume e os enxugado com seus cabelos.
A civilização egípcia, reverenciava seus deuses incensando os locais de adoração; criando óleos aromatizado, a partir da utilização de algumas madeiras como o benjoim e o galbano, que eram esmigalhados, juntados à mirra e ao azeite de oliva, para serem utilizados na prática de rituais em honra aos ídolos.
Egipcias e Perfumes |
Os egípcios produziam, ainda, um incenso especial chamado "kyphi". Na sua elaboração faziam preces e pronunciavam magias, ao mesmo tempo combinavam os elementos para saturar o incenso com a energia dos sacerdotes. Esses religiosos dedicavam as suas vidas ao cultivo de tais plantas. Viviam em completa pureza e rigidez, tendo sido sendo uma tarefa de particular importância aos sacerdotes escolhidos, o desempenho de sua missão religiosa.
CLEOPATRA – Considerada como a mais famosa de toda a humanidade, usou e abusou de perfumes. Conta a História que Cleópatra (69 – 30 a .C) era uma mulher frente de seu tempo. Tomava banhos perfumados, mantinha um cuidado exagerado com a pele, utilizava ervas curativas, emplastros, o kyph e óleos aromáticos como o de rosas, que era colocado em seu banho e por vezes esfregado em seu corpo.
Cleópatra a Rainha Perfumada |
Dentre as lendas a respeito da rainha há aquela que atribui suas conquistas amorosas não só a beleza mas e também às suas fragrâncias sedutoras. Fala-se que a rainha do Egito mandava que colocassem essência de rosas nas velas de seu barco para que navegasse pelo Nilo, precedida e acompanhada de um perfume simultaneamente envolvente e suave. Este e outros relatos fazem seu perfil.
O seu romance, primeiro com Júlio César (100-
Avicena o Sábio |
Os Mouros não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas e também tinham conhecimentos avançados de higiene, medicina e outras ciências. Eles produziram elixires, partindo de plantas e animais, com propósitos cosméticos e terapêuticos. O médico Avicena (980-1073) descobriu, por acaso, os princípios básicos da destilação a vapor.
Inventado o alambique tornou-se plausível destilar matérias-primas, configurando-se tal ação um reforço essencial à evolução da perfumaria. Os Árabes também extraíram suas informações sobre os efeitos do incenso, do Antigo Egito e, velozmente, ampliaram a utilização de fragrâncias e óleos em uma arte super-evoluída, sendo aceita e cultuada, até os nossos dias
Um hábito arraigado entre os antigos, o uso de resinas, gomas e especiarias era empregado no embalsamamento, defumação e na prática médica em diferentes civilizações. A Pérsia, 0 Iraque além da Arábia, onde eram abrasadas nas fogueiras funerárias, em bodas e em diferentes comemorações (batismos, funerais e festas religiosas).
O incenso desempenhou uma função significante no exercício místico e cerimônias da antiga Babilônia, Pérsia, Turquia, Síria e Arábia – e, segundo informações sobre o tema, se diz que foram os árabes que, com seus mercadores, trouxeram o incenso para Europa e o fizeram popular.
Vidro Árabe Antigo |
O incenso desempenhou uma função significante no exercício místico e cerimônias da antiga Babilônia, Pérsia, Turquia, Síria e Arábia – e, segundo informações sobre o tema, se diz que foram os árabes que, com seus mercadores, trouxeram o incenso para Europa e o fizeram popular.
No continente Europeu, a utilização maciça do incenso, em suas cortes bem como nas igrejas, transformou-se num marco, uma insígnia a indicar domínio e opulência. Aos poucos as fragrâncias perfumadas dominaram as culturas clássicas de todo o o Velho Mundo.
GRÉCIA –
A Vaidade Grega |
Médicos-Filósofos como Hipócrates, Críton e outros, viram na perfumaria uma contribuição essencial nas práticas curativas, classificando-a como medicamentosa e aplicando-a em tratamentos, com ênfase a sua utilização para diversas doenças nervosas.
Na sua obra “História Natural”, Plínio utiliza perfumes florais como drogas naturais. Pos sua vez Theofrasto creditava à inalação de perfumes diferentes a aceleração e crises de algumas doenças. Fazendo uso de outros, conforme fosse o que desencadeara o episódio, para devolver a normalidade e curar o doente.
Para os gregos os perfumes evocavam os deuses. Um relato mítico do povo grego, conta que através de uma ninfa de Afrodite, chamada Aeone, por um descuido o deixou chegar até os homens.
Na sua obra “História Natural”, Plínio utiliza perfumes florais como drogas naturais. Pos sua vez Theofrasto creditava à inalação de perfumes diferentes a aceleração e crises de algumas doenças. Fazendo uso de outros, conforme fosse o que desencadeara o episódio, para devolver a normalidade e curar o doente.
Para os gregos os perfumes evocavam os deuses. Um relato mítico do povo grego, conta que através de uma ninfa de Afrodite, chamada Aeone, por um descuido o deixou chegar até os homens.
IMPÉRIO ROMANO -
Banhos Públicos |
A comercialização de matérias primas aromáticas foi vitalizada pela criação de caminhos mercantis para a Arábia, Índia e China. Durante o império, o interesse dos romanos por resinas, fragrâncias, bálsamos e perfumes extrapolou as fronteiras possíveis, causando um desequilíbrio nas contas do império, forçando uma crise.
Registra-se que mirra e olíbano eram trazidos para Roma através do mar. Todo cidadão romano se perfumava. Há registro de que alguns perfumavam também os seus cavalos.
É relato histórico a existência, em Roma, de banhos públicos, cheios de luxo e rituais perfumados com as mais diversas porções aromatizadas.
Os romanos mais abastados mandavam que seus escravos perfumassem as solas dos seu pés.
ÍNDIA –
Merece destaque, a utilização de perfume entre os indianos. Em toda a história desse povo há registro do uso do incenso, que produz perfume, fumaça perfumada. O lado poético indiano faz requintadas descrições de nuvens sublimes, divinais, a partir de óleos extraídos de plantas como o cipreste, o sândalo, a rosa, o patchouli, o jasmim.
Um ritual devocionário |
O fogo, a queima de incenso, o perfume, as piras funerárias, tudo leva a ritual, religião. É recorrente e impossível dissociar, na Índia, o perfume dos deuses, do sagrado. Um povo que respira religiosidade e tem em seus hábitos cheiros e fragrâncias para cada situação.
O uso do incenso, a prática de perfumar os locais torna visual seu efeito sobre os adoradores. O transe, a interação com o sagrado aumenta à medida que o perfume, o incenso invade o local. Pode-se dizer que perfumar santifica as áreas e lembra aos indivíduos a presença dos deuses.
Incenso e Pedras Incandescentes |
Igualmente aos egípcios, os indianos tinham confiança em que sua religiosidade e reconhecimento chegariam até os deuses por meio de perfumes. A religião veda seria a grande responsável pelo hábito de queimar incenso e perfumar ambientes sagrados, banhar-se e fazer rituais de expurgação e limpeza. Esses rituais eram eram concluídos com o uso de óleos, unguentos e pó perfumado, esfregado ou passados no corpo. Os budistas acreditam que o caminhar para a outra vida tem um acesso pela “montanha fragrante”.
O PERFUME CAMINHA COM O HOMEM, DEIXA DE SER ASSOCIADO AO SAGRADO, TRANSFORMA-SE
2 comentários:
Se ainda não se inscreveu, se inscreva para o sorteio,ainda da tempo. Vamos edificar a cada dia mais a nossa vida. Grande beijo
http://grandeigualdavi.blogspot.com.br/
Seu BLOG ta de parabens !!!
Hoje em dia, os perfumes desempenham um papel importante em mulheres. As mulheres têm muitos perfumes diferentes e utilizados de acordo com a ocasião. Eu tenho muitos perfumes, mas o meu perfume favorito é perfumes cacharel.
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