Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

UMA JANELA PARA O MUNDO


VISIBILIDADE


 

Visibilidade tornou-se uma das palavras mais fortes de nossa atualidade. Através dela somos percebidos por aqueles que nos rodeiam /ou até mesmo, a distância. Sem visibilidade, sequer somos notados dentro de nossa zona de conforto. Mesmo presentes, vagamos como verdadeiras sombras em nichos onde deveríamos ser, naturalmente, reconhecidos.* Crédito Imagem: ideiaspropaladas.blogspot.com


Igualmente, e em sentido inverso, a mesma visibilidade que marca positivamente situações, pode traduzir e revelar quadros nunca imaginados, destruir reputações e demonstrar personalidades nunca dantes intuídas. Vivemos esse paradoxo. A Esperança – cuidadosamente construída nas Mídias, foi substituída pelo estupor. De esperançosos passamos a assombrados, espantados...Pois é. Graças a Mídia televisiva não podemos ignorar esse momento tão chocante de nossa “Pátria”, ora, deseducadora. *Crédito Imagem: tebloga.wordpress.com


As lições do presente são as mais dolorosas possíveis. É comum aulas de pilantragem, falta de decoro, corrupção, fraudes, enfim tudo o que se possa imaginar de desonestidade vemos associado ao nosso País. Hoje, pela manhã, um cidadão, numa fila de espera, falava sobre a dificuldade de tentarmos explicar a um ladrão de galinhas porque ele não podia fazer aquilo – roubar uma galinha. Com que moral? Dizia ele e, continuava: se as maiores autoridades Legislativas do País e o próprio Executivo Federal, se encontra sob acusações de corrupção, desvios e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, pedaladas fiscais ... . Como exigir de um reles larápio que  se contenha, aja com honestidade, decência?  *Crédito Imagem: blog.superinteressante.com


A bem da verdade, o banco, onde me encontrava, estava em polvorosa. Uma senhora, aparentando uns setenta anos, discursava veementemente dizendo que se deveria criar um partido político, cuja sigla – PQP- seria traduzida em “Partido de Qualquer Pau” e, deveria ser apoiado por todos os brasileiros pobres, pois, segundo aquela, nunca nesse País o pobre apanhou tanto. E dava explicações: para todas as mazelas vem uma Excelência, geralmente Ministro, explicar à população: “A culpa é dos aposentados, dos funcionários públicos, eles faliram a previdência.” Ela, a senhora, refutava dizendo: Coitados, muitos, ganhando pouco. Não podem ser páreo para muitos, roubando, muito. *Crédito Imagem: ocafezinho.com


Não duvidem, essa senhora ganhou espaço e visibilidade. Uns vinte minutos após minha consulta através do caixa eletrônico, fui a bateria de caixas para ser atendida, ao ser chamada, vi que os caixas conversavam entre si, riam e comentavam a fala daquela cliente, velha conhecida no estabelecimento, sempre mordaz e barulhenta. Rotineiramente fazia o seu discurso e apontava o que de “interessante” havia detectado na política local ou no nacional.*Crédito Imagem: www.nossaguaira.com


Ouvindo e vendo os demais que se encontravam nos guichês, observei os que ali estavam demonstrando conhecê-la. Tomei conhecimento que era aposentada, bem informada, pós-graduada e que viajava de vez em quando a outros países. Que ficara realmente indignada com a militância política no Brasil, a partir das arrecadações públicas para pagamento de condenações impostas a Políticos Brasileiros – todos condenados pela mais alta Corte de nosso País, e que, a parte educativa da pena, escoara pelo ralo. Esclarecendo a eloquente senhora que,  a dor, a punição àquelas criaturas revelava-se no bolso. Sem pagamento, inexistia lição ou dor. Percebi, então, o quão diferente é aquela cidadã.*Crédito Imagem.cidadaniaparticipativa.com


Não é segredo. A Academia sempre foi reduto das “políticas cabeças”, aquelas brotadas da intelectualidade, dos manuais que a história nos oferta. Muitos, nesses recantos de cultura viva, ainda remam contra as marés. Permanecem fiéis. Desconfio que o façam para não ter o dissabor de uma confissão, uma declaração de que foram enganados em sua boa-fé. Não viram que a proposições verdadeiras foram maculadas por embustes e assim, produziram falsos resultados.
*Crédito Imagem.sbgc.org.br


A desordem anda solta. A exemplo e apesar das vãs promessas na área, a saúde pública, entre outros, acumula mais de 1,5 milhão de casos de dengue no ano de 2015. Agora, outros (?) flagelos dão preferência ao desassistido Nordeste Brasileiro. As novas doenças também são transmitidas pelo famigerado Aedes aegypt que se diversificou, cansado de provocar sempre a mesma coisa e não ser levado a sério. *Crédito Imagem. desafioint.wordpress.com


Presentemente pode escolher o mal que causará. Ou melhor, pode nos atingir como quiser, causa a dengue, a zika, a chikungunya. Não compromete apenas o presente, mas o futuro, mina as esperanças, provoca o medo e a dor, principalmente nas famílias, cujas grávidas, tiveram a infelicidade de ser contaminadas com a zika. O fantasma da Microcefalia ronda os lares brasileiros. O Governo estuda ações e culpa os gestores estaduais e municipais.*Crédito Imagem.portaljovem.net.br


Pior que isso é ler que o Ministro da Saúde, Sr. Marcelo Castro, declarou que o Brasil não combateu o mosquito Aedes aegypti, "para vencer". E fez o que. Brincou de faz de conta? Quantos morreram no território nacional vítimas da dengue? Quantos perambularam pelos serviços públicos mendigando atendimento? Quantos foram humilhados, sub assistidos?*Crédito Imagem.endemiassobral.blogspot.com

*Crédito Imagem.encherpapo.blogspot.com
É difícil, mais a frase atribuída ao Ministro  me lembrou outras - que não deram visibilidade a seus construtores, visíveis por demais nesse “Brasil a fora”,  do Monte Caburaí ao Arroio Chuí, da Ponta do Seixas a Serra do Contamana, mas que  ganharam asas e podem ser diferenciadas em Ontológicas e Antalógicas (perdoem-me o trocadilho infame e com vistas ao neologismo), senão vejamos:

Magistrais e Ontológicas:


* Crédito Imagem: blogdacidadania.com.br
 “ A maioria de nós, brasileiros, acreditou que uma esperança tinha vencido o medo. Depois, descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo... O crime não vencerá a Justiça.” Ministra Cármen Lúcia, ao votar na 2ª turma da Corte pela prisão em flagrante do senador, fato inédito na recente história democrática:

 “TSE tem de evitar a continuidade de um projeto no qual ladrões de sindicato transformaram o país num sindicato de ladrões” Ministro Gilmar Mendes, 13 de agosto de 2015, TSE – 

Antalógicas:

 
Crédito Imagem: penseverde.wordpress.com
“Nós podemos disputar eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição...” Dilma Rousseff – Em João Pessoa, abril de 2013 entregando casas do Minha Casa, Minha vida. (Grifo nosso)

“Eles não sabem do que somos capazes de fazer para garantir a reeleição.” Luiz Inácio Lula da Silva – Em campanha para reeleição da Presidente Dilma,  em 26 de Outubro de 2013. 

A porta da minha casa está aberta, podem ir a hora que quiserem. Eu acordo 6h. De preferência, não cheguem antes de 6h para não me acordarem”.  Eduardo Cunha, julho de 2015 – Zombando da Polícia Federal em face de uma possível batida policial.


Concluindo podemos observar que a Ministra Cármem Lúcia não se deixou abater pelo mar de lamas que assola não só Mariana, mas e também, o Cenário político Nacional. O Ministro Gilmar Mendes, no mínimo nos lembraria o épico “Sindicato de Ladrões”, estrelado por Marlon Brando. Pena que não exista a beleza do astro, a genialidade do Diretor. Mas, sobejou a percepção, o conhecimento, daquele que enverga a Toga, surpreendendo a cada caso.*Crédito Imagem.filmow.com

Quanto as frases “antológicas”, sem querer ser ofensiva as antas, são vergonhosas e indignas dos cargos exercidos por seus autores. A Presidente parece não temer nada, inclusive, a Lei. O Ex-Presidente, sugere matar e não morrer; melhor seria correr.... O Presidente da Câmara, limpo como um cordeiro na mesa do sacrifício... quer dormir em seus limpos lençóis em paz, nada a comentar...*Crédito Imagem.paravivirenirlanda.com

* Crédito Imagem:G.1.Globo.com

Ah ia esquecendo. Antalógicas também “a evolução do homem e da mulher sapiens, a saudação à mandioca e a tecnologia para estocar vento.”

É isso, algumas pessoas conseguem, estocam vento, na cabeça. Isso pode ser uma janela para o mundo...É algo impressionante!

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