VISIBILIDADE
Visibilidade tornou-se uma das palavras mais
fortes de nossa atualidade. Através dela somos percebidos por aqueles que
nos rodeiam /ou até mesmo, a distância. Sem visibilidade, sequer somos notados
dentro de nossa zona de conforto. Mesmo presentes, vagamos como verdadeiras
sombras em nichos onde deveríamos ser, naturalmente, reconhecidos.* Crédito Imagem: ideiaspropaladas.blogspot.com
Igualmente, e em sentido
inverso, a mesma visibilidade que marca positivamente situações, pode traduzir
e revelar quadros nunca imaginados, destruir reputações e demonstrar personalidades
nunca dantes intuídas. Vivemos esse paradoxo. A Esperança – cuidadosamente construída
nas Mídias, foi substituída pelo estupor. De esperançosos passamos a
assombrados, espantados...Pois é. Graças a Mídia televisiva não podemos ignorar
esse momento tão chocante de nossa “Pátria”, ora, deseducadora. *Crédito Imagem: tebloga.wordpress.com
As lições do presente são as mais dolorosas possíveis. É comum aulas de pilantragem, falta de decoro, corrupção, fraudes, enfim tudo o que se possa imaginar de desonestidade vemos associado ao nosso País. Hoje, pela manhã, um
cidadão, numa fila de espera, falava sobre a dificuldade de tentarmos explicar
a um ladrão de galinhas porque ele não podia fazer aquilo – roubar uma galinha.
Com que moral? Dizia ele e, continuava: se as maiores autoridades Legislativas do
País e o próprio Executivo Federal, se encontra sob acusações de corrupção,
desvios e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, pedaladas
fiscais ... . Como exigir de um reles larápio que se contenha, aja com honestidade, decência? *Crédito Imagem: blog.superinteressante.com
A bem da verdade, o banco, onde me encontrava,
estava em polvorosa. Uma senhora, aparentando uns setenta anos, discursava
veementemente dizendo que se deveria criar um partido político, cuja sigla –
PQP- seria traduzida em “Partido de Qualquer Pau” e, deveria ser apoiado por
todos os brasileiros pobres, pois, segundo aquela, nunca nesse País o pobre apanhou
tanto. E dava explicações: para todas as mazelas vem uma Excelência, geralmente
Ministro, explicar à população: “A culpa é dos aposentados, dos funcionários públicos, eles faliram a
previdência.” Ela, a senhora, refutava dizendo: Coitados, muitos, ganhando pouco. Não podem ser páreo
para muitos, roubando, muito. *Crédito Imagem: ocafezinho.com
Não duvidem, essa senhora
ganhou espaço e visibilidade. Uns vinte minutos após minha consulta através do
caixa eletrônico, fui a bateria de caixas para ser atendida,
ao ser chamada, vi que os caixas conversavam entre si, riam e comentavam a fala
daquela cliente, velha conhecida no estabelecimento, sempre mordaz e
barulhenta. Rotineiramente fazia o seu discurso e apontava o que de “interessante”
havia detectado na política local ou no nacional.*Crédito Imagem: www.nossaguaira.com
Ouvindo e vendo os demais
que se encontravam nos guichês, observei os que ali estavam demonstrando conhecê-la.
Tomei conhecimento que era aposentada, bem informada, pós-graduada e que
viajava de vez em quando a outros países. Que ficara realmente indignada com a militância
política no Brasil, a partir das arrecadações públicas para pagamento de
condenações impostas a Políticos Brasileiros – todos condenados pela mais alta
Corte de nosso País, e que, a parte educativa da pena, escoara pelo ralo.
Esclarecendo a eloquente senhora que, a dor, a punição àquelas criaturas revelava-se no bolso. Sem pagamento, inexistia lição ou dor.
Percebi, então, o quão diferente é aquela cidadã.*Crédito Imagem.cidadaniaparticipativa.com
Não é segredo. A Academia
sempre foi reduto das “políticas cabeças”, aquelas brotadas da intelectualidade,
dos manuais que a história nos oferta. Muitos, nesses recantos de cultura viva, ainda
remam contra as marés. Permanecem fiéis. Desconfio que o façam para não ter o
dissabor de uma confissão, uma declaração de que foram enganados em sua boa-fé.
Não viram que a proposições verdadeiras foram maculadas por embustes e assim, produziram
falsos resultados.
*Crédito Imagem.sbgc.org.br
*Crédito Imagem.sbgc.org.br
A desordem anda solta. A exemplo e apesar das vãs promessas na área, a saúde
pública, entre outros, acumula mais de 1,5 milhão de casos de dengue no ano
de 2015. Agora, outros (?) flagelos dão preferência ao desassistido Nordeste Brasileiro.
As novas doenças também são transmitidas pelo famigerado Aedes aegypt que se diversificou,
cansado de provocar sempre a mesma coisa e não ser levado a sério. *Crédito Imagem. desafioint.wordpress.com
Presentemente pode escolher o mal que causará. Ou melhor,
pode nos atingir como quiser, causa a dengue, a zika, a chikungunya. Não
compromete apenas o presente, mas o futuro, mina as esperanças, provoca o medo
e a dor, principalmente nas famílias, cujas grávidas, tiveram a infelicidade de
ser contaminadas com a zika. O fantasma da Microcefalia ronda os lares brasileiros. O Governo estuda ações e culpa os gestores estaduais e municipais.*Crédito Imagem.portaljovem.net.br
Pior que isso é ler que o
Ministro da Saúde, Sr. Marcelo Castro, declarou que o Brasil não combateu o
mosquito Aedes aegypti, "para vencer". E fez o que. Brincou de faz de
conta? Quantos morreram no território nacional vítimas da dengue? Quantos
perambularam pelos serviços públicos mendigando atendimento? Quantos foram humilhados, sub assistidos?*Crédito Imagem.endemiassobral.blogspot.com
É difícil, mais a frase
atribuída ao Ministro me lembrou outras
- que não deram visibilidade a seus construtores, visíveis por demais nesse “Brasil
a fora”, do Monte Caburaí ao Arroio Chuí,
da Ponta do Seixas a Serra do Contamana, mas que ganharam asas e podem ser diferenciadas em
Ontológicas e Antalógicas (perdoem-me o trocadilho infame e com vistas ao neologismo), senão vejamos:
“ A maioria de nós, brasileiros, acreditou que
uma esperança tinha vencido o medo. Depois, descobrimos que o cinismo tinha
vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o
cinismo... O crime não vencerá a Justiça.” Ministra Cármen Lúcia, ao votar na
2ª turma da Corte pela prisão em flagrante do senador, fato inédito na recente
história democrática:
“TSE tem de evitar a continuidade
de um projeto no qual ladrões de sindicato transformaram o país num sindicato
de ladrões” Ministro Gilmar Mendes, 13 de agosto de 2015, TSE –
“Nós podemos disputar
eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é
hora da eleição...” Dilma Rousseff – Em João Pessoa, abril de 2013 entregando
casas do Minha Casa, Minha vida. (Grifo nosso)
“Eles não sabem do que somos
capazes de fazer para garantir a reeleição.” Luiz Inácio Lula da Silva – Em campanha
para reeleição da Presidente Dilma, em
26 de Outubro de 2013.
A porta da minha casa está
aberta, podem ir a hora que quiserem. Eu acordo 6h. De preferência, não cheguem
antes de 6h para não me acordarem”. Eduardo Cunha, julho de 2015 – Zombando da
Polícia Federal em face de uma possível batida policial.
Concluindo podemos
observar que a Ministra Cármem Lúcia não se deixou abater pelo mar de lamas que
assola não só Mariana, mas e também, o Cenário político Nacional. O Ministro
Gilmar Mendes, no mínimo nos lembraria o épico “Sindicato de Ladrões”,
estrelado por Marlon Brando. Pena que não exista a beleza do astro, a
genialidade do Diretor. Mas, sobejou a percepção, o conhecimento, daquele
que enverga a Toga, surpreendendo a cada caso.*Crédito Imagem.filmow.com
Quanto as frases “antológicas”, sem
querer ser ofensiva as antas, são vergonhosas e indignas dos cargos exercidos
por seus autores. A Presidente parece não temer nada, inclusive, a Lei. O
Ex-Presidente, sugere matar e não morrer; melhor seria correr.... O Presidente
da Câmara, limpo como um cordeiro na mesa do sacrifício... quer dormir em seus
limpos lençóis em paz, nada a comentar...*Crédito Imagem.paravivirenirlanda.com
Ah ia esquecendo.
Antalógicas também “a evolução do homem e da mulher sapiens, a saudação à mandioca
e a tecnologia para estocar vento.”
É isso, algumas pessoas conseguem, estocam
vento, na cabeça. Isso pode ser uma janela para o mundo...É algo impressionante!
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