A VOLTA DE MERLIM
O que
está acontecendo em nossa Pátria? Contorce-se em dores semelhantes as do parto,
sem sequer saber o que vai resultar de tamanho sofrimento. Tudo parece estar
absolutamente fora da normalidade. As greves pululam, as cores parecem
sombrias, aquele jovial jeito de ser, aquela brasilidade, está cada vez mais
longe de nós.*Imagem: brasiliaacimadetudo.com.
Há uma corrente elétrica percorrendo a sociedade. O alunado se choca, perplexo, ao saber que precisará de 5 (cinco) anos para recuperar o tempo perdido com a greve de mais de 4 (quatro) meses das Universidades Federais. O INSS claudica após 2,5 (dois meses e meio) de greve, revendo atendimentos não realizados, calculados em aproximadamente 1.000.000 (um milhão) e que deveriam ter sido executados a partir de julho de 2015, trazendo um enorme prejuízo aos usuários. *Imagem:sindsep.org.br.
Os Correios também tiveram a sua greve e muitos pagaram caro pela ausência dos serviços - essenciais à grande parte da população -, prestados pelo órgão. Os Bancos, senhores absolutos e que guardam a "mola mestra" dos nossos dias - o vil metal -, ostentam seu poder de fogo deflagrando uma greve que revela toda a impotência de um Estado em decadência.* Imagem: humorpolitico.com.br
A Política de degeneração do Estado, enquanto sociedade politicamente organizada, se reflete em quase todos os setores dessa nação plúrima, que se reveza entre ricos e miseráveis, demonstrando diversos Brasis nesse Brasil. Entretanto, e de forma inusitada, na desordem atual, há um sentimento estranho e diverso, quase uniforme, que nos coloca vagando, com olhares desesperados, em busca de uma tábua de salvação.*Imagem: dicionariodeexpressoes.com.br.
Tudo
sugere a derrocada. Como prêmio à Administração da atual gestão, o Brasil perdeu a
classificação de Bom Pagador. O rebaixamento da nota de crédito, pela Agências especializadas, retira do País
o Selo que definia sua condição, isso em função da redução da meta fiscal do Governo. Mas, não há uma preocupação consistente, no sentido de salvar o País, a corrida é para salvar o pescoço. A ordem do dia é coligar, barganhar, usar cargos como moeda de troca e, acreditem: "castigar os senhores Ministros com a terrível companhia dos que viajam nas classes econômicas. Seria trágico, não fosse cômico. * Imagem: altamiroborges.blogspot.com.
Os indicadores de desenvolvimento buscam Países mais comprometidos com a seriedade. O desemprego em alta, as contas públicas em duelo mortal com a corrupção, a ausência de investimentos em setores vitais ao crescimento, a volta da inflação, a alta dos juros, a má gestão econômica e, sobretudo, políticas públicas equivocadas e populistas, destinadas unicamente a trazer aliados para a defesa da Presidência, imprimiram peso para que houvesse uma permanente impunidade a um grupo nada seleto, nada ético e muito menos, interessado no Povo Brasileiro. *Imagem: empreendimentoweb.com.br.
Alguns fatos sinalizam, ainda, a possibilidade de piora do País na comunidade internacional. Em dezembro de 2014, o Brasil, entre 175 (cento e setenta e cinco países) analisados, ficou no 69º (Sexagésimo nono) lugar, no ranking mundial da corrupção, conforme relato elaborado pela ONG - Transparência Internacional. Isso sem o brasileiríssimo “lava a jato”. Imagem: igepi.org.
Onde ficaremos na relação de Dezembro de 2015? No cenário da atual Política Nacional não podemos cultivar esperanças. A Presidente ostenta a incômoda condição de ter pedidos de impeachment contra o seu Mandato, capitaneados por Jurisconsultos ilustres. O Presidente do Senado é Réu em Ação promovida pelo Ministério Público Federal, tendo por fundamento fático suposta prática de improbidade administrativa. O Presidente da Câmara Federal, esperneia, mas não consegue evitar pedido de cassação do seu mandato, no Conselho de Ética do Órgão. Esbraveja. Todavia, as denúncias de que Cunha abriu contas na Suíça, supostamente abastecidas de forma ilegal, toma força a cada momento. ENQUANTO ISSO CRESCE A NEGOCIAÇÃO ENTRE A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA E O PLANALTO.....QUEM SALVARÁ QUEM?* Imagem: skyscrapper.com...
A violência cresce assustadoramente. Os grupos se revezam na crueldade. Os assassinatos surgem de todos os lados. Adultos comandam facções criminosas dentro e fora de presídios. Adolescentes comprazem-se em arrastões, roubos, furtos, lesões corporais, estupros e não raro, envolvem-se em homicídios. A Saúde, tal qual a Segurança pede socorro. As filas quilométricas demandam meses para a realização de exames que podem fazer a diferença entre viver e morrer. Obras públicas paralisadas por toda parte. A Educação tornou-se madrasta e a Pátria Educadora, uma piada.
Um antigo orgulho
brasileiro, a seleção Canarinha, como se embriagada, cambaleia aqui e acolá,
cai de quatro ante a Alemanha, desce a ladeira e amarga o 5º (quinto) lugar no
último ranking da FIFA... Não se sustenta, perde, ganha, perde... Continua aos tropeços, diferente de tudo o que conhecemos, tentando chegar a Rússia em
2018 para Copa do Mundo. * Imagem:pt.depositiphotos.com.
Ah, enganei-me. Resta um conforto, podemos voltar à infância, aos livros através dos quais viajávamos sem sair de casa, quem sabe irmos a Nottingham, exatamente a Floresta de Sherwood, onde Robin Hood, tira dos ricos para dar aos pobres. Pena que Robin de Loxley tenha sido passado de geração a geração como lenda. Pena que essa nova “versão” sugira todos no mesmo barco: O Príncipe dos Arqueiros, João Sem Terra, o Xerife, até Lady Marian, todos; pilharam, traíram, retaliaram seus antigos aliados e amigos. *Imagem: thinkstockphotos.
Nunca se
viu uma magia igual: pedaladas fiscais transformadas em fonte de sustentação de
programas sociais. Considerando que tudo ficou atemporal e não se guarda
qualquer correlação com as lendas, até porquê mudam de século de acordo com o
narrador, chega-se à conclusão de que Merlim ressuscitou! Mais baixo,
atarracado e sem o brilho do antigo bruxo. Tira da cartola (ou será cachola?)
mais uma de suas fanfarrices. Coisas do Brasil. *Imagem: northerninsight.blogspot...
Aos vencedores os despojos. Quase uma Lei natural
no estado de guerra. Aos brasileiros, a falta de vontade política em acertar
resulta, em tempos de Paz, no nada, na negação, sequer sobram os espólios.
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