Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

JOÃO PESSOA, HISTÓRIA, MEMÓRIA, CULTURA E CARNAVAL


JOÃO PESSOA, ONDE O SOL NASCE PRIMEIRO!



João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, Segunda cidade mais  verde do nosso universo, Capital das acácias, Cidade onde o sol nasce primeiro. Jampa, berço de brasileiros ilustres, fundada aos 05 de Agosto de 1585, é UMA SENHORA DE 428 ANOS! A terceira cidade mais antiga do Brasil. Nascida “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”, tem como antecessoras, apenas, Salvador em 1549 e a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, essa no ano de 1565.


A sua fundação urgiu da necessidade do governo Português de se assenhorear da região, impedir os constantes ataques indígenas da tribo Potiguara à Capitânia de Pernambuco, a exemplo da chacina de Tracunhaém e, também, coibir  as presenças constantes e ameaçadoras dos franceses no seu território.


A cidade “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”, teve o seu “marco zero” fixado aos 18 quilômetros adiante do ponto de embocadura do Rio Paraíba, numa colina, que visualizava e dominava totalmente o atracadouro, à margem direita do  Rio Sanhauá, seu afluente *. (Fonte - Portal da Cidade de João Pessoa).


Ao longo de sua história a cidade recebeu denominações de acordo com a política da época. Assim a partir de 1588 foi denominada de “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”*, homenageando o Rei Filipe que se tornara Rei da Espanha e de Portugal. Depois passou a ser chamada de Friederickstadt – Cidade de Frederico ou simplesmente Frederika, numa homenagem ao Príncipe de Orange, Frederico Henrique, isso por ocasião da dominação Holandesa no Nordeste do Brasil que durou 20 anos. Com a retomada da Coroa Portuguesa em 1654,  passou a se chamar “Cidade da Parahyba”. * Imagem de Nossa Senhora das Neves.


Em 1930 mais uma vez muda de nome e torna-se “João Pessoa”, numa homenagem a João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, Presidente da Província, assassinado em Recife e cuja morte impulsionou a Revolução iniciada no mesmo ano.


A História oficial induz a conclusão de que os motivos do homicídio foram particulares, originados da invasão do escritório de Advocacia de seu inimigo político João Duarte Dantas, com a supressão de cartas de amor trocadas entre esse e sua amada, a professora Anayde Beiriz e, a publicação no Jornal Oficial – A União - de uma daquelas cartas, supostamente determinadas ambas, a invasão e a publicação, pelo então Presidente, com fito à desmoralização pública de seu desafeto. Há controvérsias,  fontes indicam outro conhecido articulista Político como a pessoa que comandou títeres mudando os destinos desses personagens da nossa história. 


Desde o seu nascedouro, a Cidade tem na bravura, na independência de sua gente um distintivo a ser preservado. A bandeira de João Pessoa registra como lema: INTREPIDA AB ORIGINE que em latim significa: INTRÉPIDA DESDE A ORIGEM. Uma cidade com memória e identidade. Mesmo estando aquém do que se deveria preservar, nela aflora, a todo o momento, a pacífica co-existência  entre o novo e o velho.  


Nascida às margens do Rio Sanhauá a cidade se desenvolveu no sentido do mar. Litorânea por natureza tem, aproximadamente, 30 quilômetros de praias com paisagens maravilhosas, recantos quase selvagens de águas azuis e mornas, piscinas naturais límpidas, falésias artisticamente esculpidas pelos ventos, pelas areias, pela ação das marés. Exuberante na sua flora e em sua fauna, revela-se uma cidade a ser conhecida.


Assim é João Pessoa. Em seu território, na parte leste, ostenta o ponto mais Oriental das Américas, localizado na Praia do Seixas batizado de “a Ponta do Seixas”. Caracteriza-se por ser o local situado mais a leste do Continente Americano. Uma faixa de areias brancas que dista pouco mais de 800 metros do Farol do Cabo branco e, ao sul da barreira onde esse foi edificado.  Com a Falésia e o Farol do Cabo Branco* na praia de mesmo nome, a Ponta do Seixas forma um conjunto de rara beleza, conhecido mundialmente e objeto de grande fluxo turístico.  * Foto.



Dentre as Praias da Capital merece destaque Tambaú, com seus 8 quilômetros de extensão, areia fina, águas claras,  mornas e calmas.  Uma das mais belas construções nessa área é o Hotel Tropical Tambaú, uma edificação da década de 70, construído nas areias da praia, possui arquitetura arredondada e parte dela é envolvida pelas ondas do mar. 


A última das Praias de João pessoa – Barra de Gramame, destaca-se pela beleza rústica, por seus recifes, por sua areia branca e solta. Além do que a formação de pequena ilha com palhoças na parte doce da Barra de Gramame proporiona um lindom espetáculo, Esse fenômeno de aguas doce, em plena praia, se dá em razão  da sua proximidade com a foz do Rio Gramame. Existem ainda, outras praias como Manaíra, Bessa, Penha, Cabo Branco, Seixas, Picaõzinho, Praia do Arraial, Praia de Jacarapé e Praia do Sol 


A vocação de João Pessoa é, sem sombra de dúvidas, envolver os seus visitantes numa teia de beleza e sedução. As águas têm importante papel nessa missão. Com belas Praias e Rios, oferta, entre esses, o Estuário do Rio Paraíba que banha diversas cidades, proporciona excelentes passeios onde se destaca o encontro dos três rios: Paraíba, Sanhauá e Rio do Meio, bem como os  bares rústicos à beira dos manguezais e as ilhas. 



As ruas da cidade, com ênfase para áreas mais antigas apresenta uma grande diversidade de estilos arquitetônicos. Passear em João pessoa, caminhando por suas ruas, vamos encontrar de arquitetura Barroca a “Art Noveaux”. Constitui-se uma festa para os olhos, a riqueza do Centro Cultural São Francisco, composto pela Igreja de São Francisco, o Convento de Santo Antônio, a Capela da Ordem Terceira de São Francisco, a Capela de São Benedito, a Casa de Oração dos Terceiros – a Capela Dourada* -, uma Fonte e um grande Adro  com um Cruzeiro. Essas edificações com datas a partir de 1588, com toda a certeza é um dos mais belos conjuntos representativos do Barroco Brasileiro nessa Capital. (*foto).



Consolidando a beleza da arquitetura em João Pessoa e a título de citação, destaca-se o Palácio da Redenção*  – em estilo Barroco, construído em 1586 pelos Jesuítas; a Faculdade de Direito*, também construída em 1586 pelos Jesuítas em estilo Barroco-Colonial; a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no estilo Rococó; a Igreja da Misericórdia no estilo Maneirista; a Praça Antenor Navarro, representante da Art Noveau;  o Hotel Globo no estilo Art Decó; o Teatro Santa Roza de 1889, em estilo Barroco com fachada Greco-romana e que vem a ser um dos mais antigos do Brasil. (*fotos)




O novo também se sobressai em João pessoa. Com realce para: O Centro de Convenções “Poeta Ronaldo Cunha Lima” que se localiza no Polo Turístico Cabo Branco; a Estação Ciências Cabo Branco*, projetada por Oscar Niemeyer que possui 8.500m² de área construída, compõe-se de um conjunto de cinco edificações, destacando-se uma torre espelhada construída na forma octagonal, com 43 metros de distância dos lados opostos. Ainda e em construção, o Tour Geneve, em João Pessoa, com 183 metros, correspondendo a 51 andares.


Falar em João Pessoa inevitavelmente nos leva a um de seus cartões postais: a lagoa do Parque Solon de Lucena, ou simplesmente: Lagoa. Com uma área de 150mil e 490 metros quadrados dos quais 120 mil metros correspondem a parte alagada e, cuja urbanização foi iniciada em 1920. Com traçado original do Paisagista Burle Marx ostenta belos exemplares de Palmeiras Imperiais, Pau Brasil, Pau D’arco, Bambus, além de um bonito espelho D’agua e uma fonte sonora  iluminada.



Outra referência é a Bica, nome popular  do Parque Arruda Câmara cuja informação inicial remonta a 1782, registrando a autorização para construção de uma fonte, no pequeno bosque onde fluía um córrego. Todavia e de forma bem mais poética, há  uma lenda indígena que nos fala sobre o amor entre jovens de tribos inimigas: a índia Aipó filha de um cacique Potiguara e o guerreiro Tambiá, da tribo Cariri. Aprisionado o valente teve por “esposa da morte” a filha de seu inimigo. Após o casamento foi morto na floresta, recebeu a última mensagem de sua amada em forma de pranto. Diz-se que por cinquenta luas, Aipé chorou sobre a tumba do amado. As suas lágrimas fizeram brotar a fonte logo chamada de “Fonte Tambiá.” Que jorra até a presente data.


A Bica, parque urbano com 26,8 hectares é um santuário ecológico coberto por restos de Mata Atlântica.  Tem cerca de quinhentos animais de oitenta espécies, com destaque para o elefante, leões, onças, macacos prego e rhesus  araras, emas,  jacarés,  um urso e uma lontra.  A flora que enfeita  e perfuma o ambiente é formada por plantas nativa e plantas exóticas, nele vamos encontrar árvores centenárias das espécies Pau Brasil, Jenipapeiro,  Ipê Amarelo, Ingazeiro, Cássia Rosa, Palmeira de várias espécies e muito outros.




A segunda cidade mais verde do mundo tem o privilégio de possuir duas grandes reservas de Mata Atlântica, que respiram juntamente com os munícipes e se constituem verdadeiros pulmões da cidade. A Bica e a Mata do Buraquinho* são reservas verdes de valor inestimável. Com 515 hectares de mata virgem, cortada por rios, riachos e fontes naturais a Mata do Buraquinho teve parte de sua área transformada em Jardim Botânico, aberto ao público para estudo, pesquisa, passeios, trilhas e outros. Uma floresta no meio de uma capital. Uma riqueza ímpar. *Mata do Buraquinho.



Com absoluta certeza coisas maravilhosas dessa cidade amada ficaram de fora. Sua beleza natural, seu charme, também passa por seu povo, sua gente e seus artistas. Passam, sobretudo,  por Pessoenses que se desdobram para fazer uma cidade melhor no seu dia a dia. * Vista noturna largo do Frei S. Pedro Gonçalo - Casarões - Hotel Globo. Ladeira da Rua Padre Antônio Pereira. Rio Sanhauá.


João Pessoa também é CARNAVAL. Com prévias animadíssimas,blocos arrastando multidões. Para 2014 estão previstos: Quinta-feira , 20/02 - Abertura C/ Monobloco e Orquestra Spok. Ponto do cem Reis; Sexta-feira, 21/02 - Picolé de Manga C/ Aviões do Forró, Amazan Elétrico, Samba da Elite, Ramon Schneider, Liss Albuquerque, Diana Miranda, Gracinha Teles e Diana Miranda; Sábado, 22/02 -Bloco dos Atletas C/ Xexéu (ex- Timbalada) e Banho de Cheiro: Play Way; Domingo, dia 23/02 - Virgens de Tambú C/ Margareth Menezes, Liss Albuquerque, Eletricaz, Eudinho Arruda, Rayane Stefanny e Jairo Madruga; Segunda-feira, dia 24/02 - Bloco da Melhor Idade C/ Orquestra de Frevo e Muriçoquinhas de Miramar; Quarta-feira,dia 26/02 - MURIÇOCAS DO MIRAMAR C/ Lucy Alves, Carlinhos Brown, Fuba, Gracinha Teles e Maiara Gonçalves; Sexta-feira dia 28/02 - CAFUÇU C/ Orquestras de Frevo.


VENHAM, CONHEÇAM JOÃO PESSOA E APAIXONEM-SE POR ESSE "RECANTO TÃO BONITO DO BRASIL".

Um comentário:

Anônimo disse...

Lourdes que tal uma postagem mostrando como é cada um desses blocos que desfilarão nas prévias. O site de cada um é parcial e não demonstra o que realmente é. Pense nisso.
Cássia