Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A LUA, O AMOR

A LUA, O LUAR, O AMOR, O AMAR.


Desde as mais remotas lembranças e registros sob a humanidade que a lua exerce sobre ela variadas impressões e reações. É, a um só tempo, vista como catalisadora de emoções propensas a acontecimentos amorosos e de fatalidades, essas, muitas vezes , movidas pela paixão.


Para as antigas civilizações a lua já representava força, magnetismo, poder espiritual. Através dela se fazia o contato entre seres humanos e mitológicos. A lua era vista como o princípio feminino, aquele que controla a nossa capacidade de acolhimento, as nossas fantasias e imaginação, o sentir e a reação ao sentimento, o modo de ser e nossa memória afetiva, a maneira como nós amoldamos as coisas que estão ao nosso redor e, principalmente, o nosso emocional.  


Assim, nos acostumamos a ver em quase todos os aspectos de nossas vidas a “influência da Lua”. Para os astrólogos, desde a antiguidade, ela controla as marés, seus fluxos e refluxos;  influencia o ciclo menstrual da mulher que dura aproximadamente 28 dias tal qual as fases da lua; a duração da gravidez, o tempo do parto, o destino e a personalidade do recém-nascido. Dizem que os nascidos sob o signo regido pela Lua são amáveis, românticos, afetivos e excelentes amantes e que, se mulher, tem nos seios a parte mais bela de seu corpo.


Noutro sentido, no campo Médico, acredita-se que a lua cheia exerça sobre os doentes psiquiátricos uma enorme influência,   causando surtos. Há, inclusive, uma expressão: “lua de sangue” caracterizada pela lua cheia, avermelhada e um consequente aumento de crimes, de crises e surtos psicóticos. Há, ainda a lenda dos vampiros, seres monstruosos que se alimentam de sangue humano e que têm na lua cheia o seu ápice  Igualmente, lobisomens e zumbis seriam criaturas que, sob a influência da lua, distribuíam terror e morte. 


Numa sociedade exclusivamente masculina – a medieval -, a lua foi pouco a pouco perdendo seu status de mãe e a sua associação com a agricultura, ocorrendo o esquecimento dos chamados ciclos lunares com consequente prejuízo para humanidade. Entretanto, o renascimento lunar constituiu o seu resgate, ela que se tornara símbolo de magia negra, bruxaria, retorna pela necessidade de restauração de comportamentos que levam à observação da natureza, trazendo moderação entre o mundo masculino, muitas vezes hostil e agressivo e o mundo feminino, de maior passividade.


No segmento erótico, desenha-se, numa imaginária conjunção que, diariamente, a Lua – princípio feminino - recebe o astro rei, o Sol – princípio masculino - que a penetra e ilumina. Talvez, a licença poética de tal sugestão tenha envolvido grande parte da humanidade, os cantores, os autores romancistas, os versados em contos, versos, prosa, em qualquer estilo de literatura ou arte outorgando ao nosso satélite – a lua - uma condição inegável de maior patrocinadora de sonhos, devaneios,  romantismo, paixão, lubricidade, enfim,  do amor romance ao amor Eros.

NA POESIA: 

LUA ADVERSA
Cecília Meireles

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

A LUA NO CINEMA  
Paulo Leminski



   A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,


   a história de uma estrela

que não tinha namorado.


   Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
   dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

   Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
   e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

   A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
   que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!


NA MÚSICA:



LUAR DO SERTÃO
Luiz Gonzaga

"Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão"

Oh! que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção é a Lua Cheia a nos nascer do coração

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Mas como é lindo ver depois pro entre o mato
Deslizar calmo regato transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
E por sua vez roubando as estrelas lá do céu

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão



A LUA E EU
Grupo Pixote
Composição: Indisponível

Mais um ano se passou
E nem sequer ouvi falar seu nome, a lua e eu

Caminhando pela estrada
Eu olho em volta e só vejo pegadas

Mas não são as suas, eu sei, eu sei
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu

Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado

Procuro encontrar, não sei onde está você, você
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu 

As  Fases da Lua:

LUA NOVA -




QUARTO CRESCENTE -




LUA CHEIA -



QUARTO MINGUANTE -





A LUA E OS NAMORADOS -




A NOSSA HOMENAGEM:

FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ

AMELINHA

Foi Deus que fez o céu,
O rancho das estrelas.
Fez também o seresteiro
Para conversar com elas.
Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso.
Foi Deus quem fez você;
Foi Deus que fez o amor;
Fez nascer a eternidade
Num momento de carinho.
Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos.
Foi Deus!
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos;
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar. Teu olhar...
Foi Deus que fez as noites
E o violão planjente;
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar. Só para amar...

A LUA , O PRINCÍPIO FEMININO






3 comentários:

Anônimo disse...

jijoipj

Anônimo disse...

Lindo.

"Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém." Mark Twain. Mas, lembrem-se, é a lua que nos inspira e consola.

Anônimo disse...


Lourdes,

No meio de tantas leituras pesadas um texto leve e bonito. É muito agradável poder ler algo desse tipo. Continue com mensagens que mostram vida, sentimento.